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Meio Ambiente
26/10/2004 - 07h05
Um brasileiro entre muitos estrangeiros
Carlos Guimarães Filho - Pauta Social
 

Um brasileiro coordenando 500 cientistas e pesquisadores de todas as partes do mundo. Parece utopia. Mas, se tratando de um projeto para mapear todas as áreas protegidas do planeta o sonho se transforma em realidade. O biólogo Gustavo Fonseca, vice-presidente executivo da ONG Conservation International, foi o responsável pelas diretrizes do programa que durou três anos e, pela primeira vez, reuniu num único banco de dados as informações de todas as Unidades de Conservação dos quatro cantos do mundo.

"O Brasil é o país com maior biodiversidade de Meio Ambiente. É natural que um brasileiro estivesse à frente do programa Avaliação Mundial de Lacunas", disse Fonseca, que há cinco anos mora em Washington onde está localizada a sede da ONG Conservation International fundada em 1987.

Antes do programa, não se tinha idéia de quantas UCs haviam no mundo. O mapeamento mostrou que há cem mil áreas protegidas em 188 países. Isso representa 11,5% da superfície terrestre do globo, equivalente a uma área maior que a Rússia, maior país do planeta, ou a soma do território brasileiro e chinês.

Os números comprovam que houve expansão das UCs. Porém, isso se deu de forma desordenada, deixando várias lacunas que precisam ser cobertas rapidamente. "Hoje, o número de UCs é suficiente para garantir a manutenção da biodiversidade de planeta. Porém, estão mal distribuídas. É preciso realizar estudos e pesquisas no campo para implementar as Unidades de Conservação", afirmou Fonseca em sua palestra realizada no 4º Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação (CBUC), em Curitiba.

Além de "preencher" as lacunas, Fonseca alerta para necessidade da criação de corredores ecológicos. Somente desta forma é possível evitar o risco de degradação das áreas isoladas. O melhor exemplo é o Parque Nacional do Iguaçu, no estado do Paraná, uma área verde cercada por fazendas de soja.

"É preciso criar corredores ecológicos para evitar o isolamento que é um fator de risco. Ainda há tempo para evitar 99% das extinções. O mundo tem uma janela de 10 a 15 anos para acertar as coisas antes que não tenha mais volta", alertou o brasileiro.

Lacunas no Brasil

O programa Avaliação Mundial de Lacunas também permitiu conhecer um pouco mais sobre as Unidades de Conservação no Brasil. O estudo mostrou que o país tem quatro lacunas que precisam ser ocupadas; o arco do desmatamento na Amazônia, Caatinga, o Cerrado e a Mata Atlântica. Segundo Fonseca, a forma de implementar as lacunas é através do investimento em pesquisas e um plano de ação imediato.

O brasileiro faz questão de afirmar que as UCs são as melhor estratégia para conservação da biodiversidade e para evitar a extinção das 110 espécies brasileiras ameaças. "A participação do Estado nesse processo é mais importante do que a Federal. O Estado está mais próximo do problema e sofre menos pressão política. Além do fato da viabilização do processo ser mais barata", concluiu.


Nota do Editor: Carlos Guimarães Filho é jornalista e integrante da assessoria de imprensa da ONG Rede Pró-Unidades de Conservação.

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