A quinta edição do levantamento sobre internet no Brasil, realizado pela F/Nazca com apoio operacional do Datafolha, atestou que a rede mundial de computadores vem sendo incorporada de forma cada vez mais relevante ao dia-a-dia do consumo no País. Entre os brasileiros com mais de 16 anos, 15% disseram ter o costume de consultar a rede antes de comprar em estabelecimentos de rua ou shoppings. Equivaleria dizer que a plataforma virtual tem impacto sobre cerca de R$ 51 bilhões do comércio varejista nacional (*). Daqueles que afirmaram consultá-la, 63% possuem acesso em casa, 60% navegam no site da loja e 58% assumem levar em consideração a opinião de outros internautas. O estudo revelou ainda que 12,6% da população, 16,5 milhões de pessoas, já adquiriu produto ou serviço online e que, delas, 72% o fizeram de suas residências. Os dados ganham ainda mais destaque quando se leva em consideração o fato de que a assiduidade é um traço marcante do perfil de navegação no Brasil: 83% dos 66 milhões de internautas identificados pela pesquisa entram na rede pelo menos uma vez por semana e 32% a utilizam todos os dias. Segundo Fabio Fernandes, presidente e diretor de Criação da F/Nazca, os resultados indicam a necessidade de um novo fôlego à democratização da internet no País. "A difusão do acesso, sobretudo doméstico, deixou de ser um argumento meramente cultural para ganhar ainda mais relevância econômica. Pelo nosso levantamento fica claro que internet em casa é praticamente condição tanto da compra quanto da pré-compra à distância". A conexão nos lares, no entanto, é realidade apenas de 26% da população. A F/Nazca realiza a pesquisa sobre Internet no Brasil semestralmente desde o início de 2007. No levantamento de março deste ano foram feitas 2.117 entrevistas em todo o País. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, dentro de um nível de confiança de 95%. O desenho amostral foi elaborado com base em informações do Censo 2000 e estimativas 2008 do IBGE. (*) Fonte: IBGE, Pesquisa Anual do Comércio 2006. Cálculo sobre a receita operacional líquida do comércio varejista. O segmento "Combustíveis", que representou 23,9% do volume total, não foi considerado.
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