Na década de 1970, o governo brasileiro decidiu proibir o comércio de automóveis a diesel, liberando o uso do combustível apenas para veículos comerciais e jipes com tração 4x4 e reduzida. Na época, a situação econômica justificava a medida. O petróleo entrava em crise mundial e o Brasil não atravessava um bom momento. Hoje, o quadro mudou e o mundo também, principalmente quando o assunto é meio ambiente. A sociedade está mais atenta às questões ambientais e clama por soluções que impeçam a destruição do planeta. E o desafio é o custo do desenvolvimento tecnológico. "O melhor seria se os carros fossem movidos por uma fonte energética renovável, não poluente", afirma Rubens Avanzini, coordenador da Comissão Técnica de Tecnologia Diesel da SAE BRASIL. Segundo Avanzini, tecnologia existe. Mas quanto isso custa? Quem está disposto a pagar cinco vezes mais por um carro popular com zero de emissões? Mas pagaria 10% a mais por um que emitisse cerca de 25% menos de gases causadores do efeito estufa, o CO2? Certamente sim. "Este carro existe e é líder de vendas na Europa, principalmente entre frotistas e motoristas de táxi. O segredo? Emitir menos CO2 é mais econômico e roda mais com menos combustível. O mesmo Diesel, que é proibido nos automóveis do Brasil", diz Avanzini. Felizmente, a proibição não é mundial. Com a crise do petróleo, a indústria foi obrigada a desenvolver motores mais eficientes, que também reduzem a emissão de gases, como o CO2, um dos vilões do efeito estufa. Assim, os novos motores possuem a tecnologia esperada pelos usuários e agridem menos a natureza. É certo, porém, que não existe ainda especificação que regulamente a quantidade de emissão de CO2 pelos veículos automotores, mas, estudos indicam que a temperatura da Terra aumenta consideravelmente, e parte disso vem dos escamentos dos carros. Apesar da falta de regulamentação, já existe proposta da Comissão Européia para cortar em 25% as emissões de dióxido de carbono (CO2) dos carros novos a partir de 2012, ou seja, que a média atual de 161 gramas por quilômetro (g/km) caia para uma média de 120 g/km, por fabricante. O caminho para atingir a redução é tornar os motores mais eficientes, ou, em alguns casos, tomar o motor Diesel como referência. Em um gráfico poderíamos ver a diferença de emissão de CO2 em carros com motor gasolina e os similares com motor Diesel. A grande maioria dos carros Diesel passaria na nova regulamentação, sem mudanças. É interessante notar que os modelos também são fabricados no Brasil, com motor Diesel, porém vão todos para exportação. Tecnologia - é importante também notar a superioridade do motor Diesel em relação ao motor a gasolina, pois como o brasileiro é impedido de rodar aqui com carro Diesel, ele acredita que esse motor continua igual como os de antigamente ou é como grande parte daqueles dos caminhões que circulam no País, desregulados e emitindo fumaça preta. A tecnologia Diesel atingiu níveis que permitem, hoje, o motor ser mais eficiente, rodar silencioso e macio, além de menos agressivo à natureza. Efeitos de um melhor controle e gerenciamento da combustão, com uso de módulos eletrônicos e sistemas que injetam combustível em alta pressão, além de equipamentos adicionais com turbo compressores e intercoolers. A associação de tecnologias mudou a forma de fazer veículos Diesel (automóveis, ônibus, caminhões, máquinas agrícolas, de construção etc.) e trouxe de volta esse tipo de motor ao topo da lista dos melhores do mundo. E, melhor, no Brasil e em outros países já são usados com combustível renovável, o biodiesel.
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