"Avistamos 24 baleias no sobrevôo realizado nesta sexta-feira; 12 pares de mães com seus filhotes", informa a bióloga e coordenadora científica do Projeto Baleia Franca Karina Groch.

Novamente, como observado nos três sobrevôos realizados desde julho passado, a maioria das avistagens ocorreu entre o sul de Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul.

"O interessante é que pelo menos cinco das fêmeas fotoidentificadas neste vôo são nossas ’velhas conhecidas’ - baleias catalogadas em anos anteriores - e agora foram avistadas com novos filhotes, o que demonstra que, apesar de terem permanecido mais para o sul do estado, retornaram ao sul do Brasil comprovando a preferência por esta área para o nascimento e cria dos seus filhotes", explica Karina.

Para a bióloga, ainda não é possível afirmar quais fatores levaram as baleias francas a preferirem aquela região este ano, mas isso reforça a importância de toda a costa sul do Brasil para a recuperação populacional da espécie.

Vale lembrar que na tarde do dia 17 de setembro passado terminou na Marina da Glória, no Rio de Janeiro, o mais longo vôo de helicóptero já realizado para monitoramento de baleias.

Durante três dias e cerca de quarenta horas de vôo, em aproximadamente 2.500 quilômetros de costa, do Chuí/RS até Macaé/RJ, a equipe do Projeto Baleia Franca utilizou o helicóptero Bell JetRanger fretado com recursos da sua patrocinadora, a PETROBRAS, para registrar 91 baleias francas e uma baleia de Bryde.

A maioria dos animais foi localizada no litoral do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

A baleia registrada mais ao sul do Brasil até então foi fotografada a 16 milhas ao norte do farol do Chuí, que marca a divisa brasileira com o Uruguai.

As baleias francas localizadas foram todas fotografadas para a identificação dos indivíduos da espécie.

O Projeto Baleia Franca mantém parceria com o Centro de Mamíferos Aquáticos do IBAMA MMA e tem patrocínio da PETROBRAS.