Com o agravamento do endividamento do brasileiro a PRO TESTE Associação de Consumidores orienta o consumidor a não se iludir com a oferta facilitada de crédito. É preciso desconfiar das tais baixas taxas de juros e facilidades de parcelamento. Use o cartão de crédito e o cheque especial apenas em situações específicas, e somente quando tiver recursos para cobrir rapidamente os custos. Os juros são impagáveis caso entre no rotativo ou permaneça usando o limite do cheque especial por período longo. Evite assumir outros empréstimos, a não ser que obtenha uma taxa de juros menor para cobrir o anterior. O crédito consignado pode ser uma saída mas é preciso cautela na contratação, afinal, ele tem desconto em folha de pagamento, e você pode ficar sem recursos para outras despesas domésticas também essenciais. Há sempre margem de negociação, principalmente no cartão de crédito. Com juros altíssimos, dá sempre para baixar o valor total da dívida. Procure a administradora do cartão. Caso não consiga um acordo, há a opção de entrar na Justiça contra o banco ou a operadora. Mas cuidado para a despesa com o advogado não virar outra dívida. O crédito pessoal deve ser usado somente em situações de emergência, por isso é preciso ver se realmente há urgência, ou se a aquisição mediante financiamento pede esperar. Se não tiver jeito, é preciso avaliar se terá condições de pagá-lo no futuro. Os juros em geral são elevados. Não dá para se iludir com a queda da Selic, que é apenas uma taxa básica, que serve de piso para as demais operações de crédito. A PRO TESTE Associação de Consumidores alerta o consumidor que a redução da taxa básica de juros da economia (Selic) tem pouco efeito nas operações de crédito. Existe uma grande distância entre a Selic e as taxas cobradas ao consumidor. Os juros cobrados no crediário ou em empréstimos são produtos oferecidos que têm em sua composição outros fatores. Há cinco componentes principais para calcular o acréscimo sobre a Selic: os custos administrativos, o custo do depósito compulsório, os tributos, o risco de inadimplência e o lucro. Os dois últimos itens são os de maior peso nessa equação. Para cada modalidade de crédito oferecido essa composição é diferente. Por isso que há taxas diversas para financiamentos de veículos, leasing, cheque especial e para empréstimos pessoais, por exemplo.
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