A ambientalista queniana, Wangari Maathai, foi escolhida para receber o Prêmio Nobel da Paz pelo trabalho com as comunidades carentes africanas, estimulando-as a plantar árvores e amenizar o processo de desmatamento. Esta é a primeira vez que uma mulher africana é agraciada com esse prêmio, cujo valor é de US$ 1,36 milhão, disputados por 194 candidatos. Segundo a presidente do Comitê do Prêmio Nobel, Ole Danbolt Mjoes, Maathai é a ganhadora "por sua contribuição para o desenvolvimento sustentável, a democracia e a paz". Acrescentou que a ambientalista vem desenvolvendo um grande trabalho para promover o desenvolvimento social, econômico e cultural, de forma ecologicamente sustentável, no Quênia e no resto do continente africano. Maathai, nascida em 1940, fundou o Movimento Cinturão Verde, com sede no Quênia, reunindo principalmente mulheres que já promoveram o plantio de cerca de 30 milhões de árvores na África. A ambientalista salienta que a atividade impede a desertificação, preserva hábitats naturais e gera uma fonte de combustível, material de construção e alimentos para futuras gerações, o que ajuda no combate à pobreza. Manifestando surpresa e contentamento pela premiação, disse que, "quando plantamos novas árvores, plantamos as sementes da paz". Além de ser a primeira africana, Maathai é a 12ª mulher a receber o Nobel da Paz desde sua criação, em 1901. Em 2003, também, o prêmio foi para uma mulher, Shirin Ebadi, advogada iraniana e ativista de defesa dos direitos humanos. O atual Comitê Nobel, nomeado pelo Parlamento norueguês no começo de 2003, é integrado por três mulheres e dois homens.
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