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COLUNISTA
Sayonara Lino
20/04/2009 - 08h02
Rejeição
 
 

Rejeição dói demais. É uma dor que chega a ser física, a famosa somatização. O coração aperta, dá uma angústia, um incômodo que costuma demorar a passar. Mesmo que você não ame necessariamente quem o rejeita, o ego dispara o alarme. Surgem os sentimentos de posse e abandono. Tem que ter muita consciência para não ser engolido, é muita superação, muito amadurecimento. Se não for dessa forma, viramos escravos.

Pior ainda quando a rejeição torna-se pública. Porque ser rejeitado discretamente ainda vai, mas de forma aberta e escancarada é dureza. Lá está seu ex, é, aquele crápula que você jura que esqueceu, e talvez acredite mesmo nisso. Mas se ele tomou a iniciativa e a deixou, arrumou outra e está feliz da vida nas áreas VIP dos melhores bares da cidade, é de enlouquecer. Eu não quero, mereço coisa melhor, mas estou só e ele na badalação. Triste sina. Ou não. Mas o ego vem e sopra em seu ouvido que você foi substituída, trocada. A emoção às vezes é dominante e a razão... Ah, dê ouvidos a ela, equilibre com sentimentos saudáveis que com o tempo tudo vai se ajustando.

É quase unânime a idéia de que um amor se cura com substituição, colocando outra pessoa no lugar da que partiu. Concordo em parte. Ajuda sim, e muito. Mas eu vejo pessoas que pulam de um relacionamento para outro, cometem os mesmos deslizes, não buscam uma compreensão mais profunda dos próprios sentimentos e descarregam os próprios desacertos no companheiro. Achei engraçada a expressão "síndrome do macaco", porque vão pulando de galho em galho.

Eu fui assim até o dia em que o chão faltou, não havia árvores, nem galhos. Flutuei. A rejeição ainda me dilacera, mas me obrigou a não fugir de mim, a descobrir quais são meus pontos fortes e fracos e a esperar um pouco mais antes de permitir que alguém faça parte de minha vida.


Nota do Editor: Sayonara Lino é jornalista, com especialização em Estudos Literários pela Universidade Federal de Juiz de Fora e atualmente finaliza nova especialização em Televisão, Cinema e Mídias Digitais, pela mesma instituição. É colunista do Literário e também do Sorocult.com.
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