Escolha de empresa idônea e leitura atenta do contrato podem evitar prejuízos, alerta especialista.
"Ao aderir a um consórcio para a aquisição de bens como imóveis, automóveis, eletrodomésticos, embarcações e até passagens aéreas é fundamental avaliar vantagens e riscos", alerta a advogada especializada em defesa do consumidor, Ana Regina Galli Innocenti, da Advocacia Innocenti e Associados. "O grande risco de um consórcio são as empresas que, por falta de um gerenciamento adequado das suas finanças e inadimplência de seus participantes, acabam quebrando e levando o consumidor a perder todo o seu investimento", afirma Ana Regina. Os números confirmam os riscos. Entre 2002 e 2003, o Banco Central decretou a liquidação extrajudicial de 32 empresas administradoras de consórcios. Ana Regina ressalta que, atualmente, o consórcio é um sistema que funciona apenas quando existe uma instituição confiável, tradicional e de grande porte financeiro na administração dos negócios. "Para evitar prejuízos futuros, o consumidor nunca deve deixar de investigar a idoneidade da administradora que escolheu e acompanhar de perto a saúde financeira do grupo de que faz parte." O consumidor que pretende optar pelo consórcio no momento de comprar um bem deve ler atentamente todas as informações do contrato e não confiar na promessa de vendedores com relação aos prazos de contemplação. "Existem vendedores de consórcio que prometem ao consumidor facilidades como, por exemplo, entrega programada ou contemplação garantida. Porém, a contemplação se dá por sorteio ou se o consumidor der um lance vencedor", adverte a advogada. Nos contratos devem constar todos os dados do bem consorciado, assim como a taxa de adesão, garantias exigidas após a contemplação, prazo de duração do contrato, taxa de administração, possibilidade de antecipação de pagamento das parcelas, cláusulas de rescisão contratual e direito de o consorciado dispor do crédito distribuído na assembléia de contemplação. "Depois de assinar o contrato, o consumidor deve acompanhar com atenção todas as assembléias do grupo para acompanhar a saúde financeira do negócio. É fundamental guardar toda documentação e extratos de pagamento", destaca Ana Regina.
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