Segundo o Presidente da Associação Nacional dos Direitos do Consumidor - Proconsumer, o advogado Fernando Scalzilli, existem recursos que o consumidor pode utilizar em diversas situações para evitar o endividamento. Ao fazer compras, o melhor é não usar os limites especiais de cheques e cartões de crédito. Para o advogado, estas são as formas mais fáceis de contrair dívidas, sendo que a média de juros é de 10% ao mês. Na hora de comprar bens duráveis é melhor haver um planejamento. Recomenda-se fazer uma poupança com este objetivo, pois a compra à vista de uma televisão ou geladeira permite uma multiplicação, que economizará os juros do crédito a longo prazo. Comprar somente por que o objeto está em promoção ou liquidação, nem sempre vale a pena. "Muitas vezes, o consumidor não percebe que a utilização daquele produto não vale a oferta, sempre se deve avaliar a questão custo-benefício, se há mesmo necessidade de adquirir aquele bem.", diz Fernando Scalzilli. Ter o cuidado de não ir ao supermercado com crianças ou com fome, também pode diminuir os gastos. Fazer o rancho do mês na segunda ou terça-feira é mais econômico, pois há maiores ofertas que no fim-de-semana. Nas prateleiras produtos de marca têm um custo maior e nem sempre apresentam uma qualidade superior frente aos concorrentes. Investir em novas marcas pode significar uma economia de 20 a 30%. Ao comprar roupas, invista nas promoções de roupas clássicas, pois as da moda não serão utilizadas no ano seguinte. De modo geral, deve-se pensar bem antes de comprar e pagar de preferência à vista, para evitar os juros altos, além de medir a necessidade da aquisição e as vantagens que esta oferece.
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