Sair de férias e esquecer um pouco o cotidiano maçante. Nem precisa ser um local paradisíaco, pode ser uma cidadezinha do interior, fogão a lenha, uma boa comida caseira e descanso. Entrar em um processo de produção ininterrupta é contraproducente. Pode parece um benefício sob alguns aspectos, mas não há quem aguente o tranco sem sofrer alguma consequência a longo prazo. Será que vale a pena? Só o futuro dirá. Jogar tudo pra o alto nem pensar. Concentração, foco, objetividade. Se é certo que uma pausa faz muita falta, mais ainda a construção diária do que almejamos conquistar, com os pés no chão e muita luta. Buscar um espaço no mundo pode ser difícil, mas tentar é gratificante. O equilíbrio entre as polaridades, trabalho e repouso, é o ideal para que corpo e mente não fiquem comprometidos com tantos afazeres, e para que saibamos valorizar as fendas de tempo que nos são oferecidas para o lazer. Tem gente que trabalha tanto que vicia, cria pânico de descanso e quando se dá conta não consegue interromper, está sempre programado, sem chance para distração. Eu estou nessa fase, no momento não há como promover uma desconexão, agora é tudo ou nada, não posso me dar ao luxo. Estou adiando as expectativas para o próximo ano, quem sabe em 2010 terei uma chance de poder distrair a cabeça e não sentir culpa por estar em um ócio para lá de criativo.
Nota do Editor: Sayonara Lino é jornalista, com especialização em Estudos Literários pela Universidade Federal de Juiz de Fora e atualmente finaliza nova especialização em Televisão, Cinema e Mídias Digitais, pela mesma instituição. É colunista do Literário e também do Sorocult.com.
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