Sempre me dei bem com as palavras, aprecio a escrita, independente do que os críticos considerem válido. Respeito o cânone literário, tudo certo. Mas o bom mesmo é ver que tem muita gente bacana surgindo, com coragem de expressar o que pensa e sente. Adoro beber nas mais variadas fontes, não me prendo a coisa alguma, busco sempre algo novo. Muitos talentos ficam perdidos, muitos escritores em potencial deixam rascunhos na gaveta por puro receio da rejeição, da crítica negativa. Eu não me abalo. Nesse aspecto sou muitíssimo resolvida. Não quero chocar nem agredir, apenas deixo acontecer. Minha escrita é intuitiva, se eu elaborar demais, travo. Algumas pessoas mandam e-mails quando se identificam e já enviaram textos para que eu desse uma olhada, uma opinião. Eu incentivo, se vejo que tem potencial digo para procurar alguém que publique, ainda existe quem abra espaço quando percebe que o trabalho é sério. A internet pode ser uma espécie de mãe acolhedora para isso. Hoje, a crônica é um agradecimento aos editores dos portais para os quais colaboro e uma mensagem para que as pessoas não se intimidem por parecer que X, Y e Z são maiores, melhores, premiados, badalados. Parabéns a todos, mas não quer dizer que os não contemplados sejam invisíveis, que não possam ser admirados e expor seu trabalho com dignidade. Chega de babar na grama do vizinho, vamos cuidar da nossa que já está ficando alta, precisando de reparos.
Nota do Editor: Sayonara Lino é jornalista, com especialização em Estudos Literários pela Universidade Federal de Juiz de Fora e atualmente finaliza nova especialização em Televisão, Cinema e Mídias Digitais, pela mesma instituição. É colunista do Literário e também do Sorocult.com.
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