Os indivíduos bem resolvidos me atraem. Aqueles que não tem a língua afiada, já que estão centrados, tomando conta de suas próprias vidas. Patrulhamento alheio não é da alçada deles. Podem ser considerados simplistas, mas, quer saber? Melhor assim. Um fluxo de pensamento normal acompanhado de caráter pode sair melhor que a encomenda. Aprecio também os distantes, envolvidos com questões profundas, mais reflexivos que verbais, desde que estruturados emocionalmente para dar conta de tantos questionamentos. Caso contrário, pode haver efeito rebote. Os superficiais e fúteis me deixam anestesiada. Os que desperdiçam a existência com tolices, fofocas, mentiras, artimanhas, hedonismo. Uma existência vazia, desperdiçada. Melhor começar cedo a lapidar-se. Mais dia, menos dia, essa ferramenta faz-se necessária. Os pétreos, interpreto como um sinal de que muitos ainda estão inconscientes, adormecidos. Tudo a seu tempo. Não há como cobrar posturas de quem ainda ignora. Há quem passe e não note, há quem fique e deseje compreender, há tragédia e desespero, flanadores, multifacetados, montanhas-russas emocionais, há alento e esperança para quem busca despertar.
Nota do Editor: Sayonara Lino é jornalista, com especialização em Estudos Literários pela Universidade Federal de Juiz de Fora e atualmente finaliza nova especialização em Televisão, Cinema e Mídias Digitais, pela mesma instituição. É colunista do Literário e também do Sorocult.com.
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