Pode chorar, deixar a dor sair, a cara inchar, a lágrima escorrer por dentro da roupa até a cintura. Petrificar, não. Ria à vontade, gargalhe, conte tolices. Escancare a boca até o canto. Dobre-se. Mas tem que ser de verdade. Euforia em excesso pode significar tristeza. Se tiver vontade, corra para a balada mais frequentada em estilo pavão. Desde que tenha autenticidade, seja a sua cara. Se você, maria, estiver indo com as outras e o seu lance for um banquinho e um violão, não custa avisar: esse disfarce sai caro. Amanhã, quando você acordar, o vazio continuará onde sempre esteve, urgindo para ser preenchido.
Nota do Editor: Sayonara Lino é jornalista, com especialização em Estudos Literários pela Universidade Federal de Juiz de Fora e atualmente finaliza nova especialização em Televisão, Cinema e Mídias Digitais, pela mesma instituição. É colunista do Literário e também do Sorocult.com.
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