Cada vez mais tem se tornado constante a venda de combustível adulterado em postos espalhados por todo o país, mas nem sempre os clientes que abastecem nesses postos sabem a procedência da gasolina, óleo diesel ou álcool que estão colocando nos seus veículos. E o que é pior: não têm idéia de como esses combustíveis podem afetar o desempenho de seu carro. Por não seguirem as especificações determinadas pela ANP (Agência Nacional do Petróleo), esses combustíveis não possuem a qualidade que os produtos certificados e regulamentados pela agência têm. E essa falta de qualidade tem reflexos bastante negativos para os automóveis, que nem sempre se manifestam logo após o abastecimento, mas que podem vir a causar sérios danos ao veículo a médio e longo prazo. Os principais indícios que atestam que o combustível utilizado não é de boa qualidade vão desde a falha de ignição e perda de potência até intervalos de manutenção e regulagem do motor mais curtos. Se o motor falha em marcha lenta ou engasga com freqüência, isso pode indicar o uso de combustível adulterado no tanque. Além de denotar uma perda na potência do veículo, os combustíveis adulterados ainda causam danos em todo o sistema de ignição e diminuem o desempenho do automóvel, uma vez que mantém o motor trabalhando em condições distantes do ideal. Outro fator que pode identificar se o combustível que um determinado posto está comercializando é adulterado é o preço que ele pratica. Isso não significa que todos os postos que vendam gasolina ou álcool com um preço abaixo da média comercializem combustível adulterado. Não se trata de uma regra, mas pode ser um alerta. Se a gasolina está muito abaixo do custo praticado por outros postos e fora da realidade do mercado, é preciso estar atento. Como os combustíveis são vendidos a uma mesma base de preço, aqueles que estão abaixo da margem podem estar adulterados. O consumidor, ao abastecer seu veículo nos postos de gasolina, deve sempre atentar para a procedência do produto, uma vez que pela legislação da ANP o posto deve ostentar a logomarca da distribuidora da qual se está adquirindo o combustível e verificar se ele possui o Certificado de Análise do Produto assinado por um técnico químico responsável, atestando que aquele combustível é de boa qualidade. Vale lembrar que, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor, o cliente que for abastecer seu veículo em qualquer posto tem o direito de solicitar esse teste, estando o posto revendedor obrigado a realizá-lo. É recomendável aos motoristas que, quando suspeitarem da procedência do combustível que estão consumindo, solicitem uma análise aos frentistas. É imprescindível se certificar da qualidade do produto que se está comprando. A análise deve ser feita no ato do abastecimento. O motorista deve pedir para que o teste seja realizado no bico da bomba que irá abastecer o seu automóvel. Esse pedido por parte do consumidor está amparado pela Código de Defesa do Consumidor, cujo órgão fiscalizador é o Procon de cada estado, onde o consumidor pode fazer sua queixa caso haja negativa do posto em realizar o teste. O site da ANP traz uma relação dos postos revendedores autuados ou interditados por problemas de qualidade dos combustíveis. Vale a consulta para saber se os postos que os motoristas estão acostumados a abastecer oferecem combustíveis de qualidade ou não. Nome limpo pode indicar gasolina limpa, sem adulterações. É importante estar atento às bombas de combustível. Com combustível adulterado, quem perde é o seu carro e você. Nota do Editor: Edson Nonato é Gerente de Operações da FIC-Petróleo, distribuidora de derivados do petróleo.
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