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Meio Ambiente
07/09/2008 - 05h35
A indústria e a população: falta educação
Mauro Ambrósio - Pauta Social
 

Os investimentos externos estão diretamente ligados a uma preocupação mundial: o meio ambiente. Investidores estão procurando empresas que se preocupam com o meio ambiente, e, isso está fazendo com que as companhias mudem a cultura corporativa e se preparem para ir às vitrines internacionais através da elaboração de relatórios de sustentabilidade. Na Bovespa, por exemplo, existe uma carteira de empresas que fazem parte do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) - que apresenta as companhias socialmente responsáveis. O ISE obteve um crescimento de mais de 103% desde que foi criado, em dezembro de 2005.

Muitas empresas já estão fazendo a lição de casa. O IBGE divulgou na primeira quinzena de agosto os números do crescimento da produção industrial em 14 locais distintos do país onde a pesquisa é realizada. Com taxas de dois dígitos destacaram-se: Espírito Santo (16,1%), Paraná (11,3%) e Goiás (11,1%). Em seguida, vieram São Paulo (9,8%), Pernambuco (7,9%), Amazonas (7,5%) e Minas Gerais (6,6%).

Uma outra pesquisa do IBGE, aplicando uma metodologia desenvolvida pelo Banco Mundial, identificou pela primeira vez, alguns municípios do Rio de Janeiro que têm os maiores potenciais de emissão industrial de poluentes atmosféricos. O estudo mostrou também quais são os tipos de indústrias com maior capacidade de poluir o ar: refino de petróleo, minerais não metálicos e metalurgia. Os poluentes identificados são dióxido de enxofre (SO2), os particulados finos (PM10) - produzidos por indústrias de materiais não metálicos - substâncias que causam danos à saúde respiratória e ao meio ambiente.

A identificação da localização e da concentração dessa poluição em potencial pode facilitar o seu monitoramento e controle pelos órgãos ambientais.

A poluição industrial é apenas um dos problemas que estamos vivendo. Os efeitos do desequilíbrio ecológico aumentam diariamente e, não é de agora. Vem sendo provocado por décadas ou séculos de industrialização com resultados para toda a cadeia de negócios, que vai desde a extração de matérias-primas, industrialização de produtos e comercialização da produção industrial.

A indústria brasileira cresceu 6,3% em 2007 em muitos setores, como os de bens de capital, que fabricam máquinas e equipamentos para a indústria, e os de bens de consumo duráveis (produtos com vida longa, como carros e eletrodomésticos). A promessa para os próximos anos é de mais expansão.

Um levantamento da CNI (Confederação Nacional da Indústria) mostrou que 42% de mais de 1.600 indústrias pesquisadas têm intenção de investir em máquinas e equipamentos nos próximos meses, o que é ótimo para o crescimento do país e uma boa notícia é que essa expansão do setor vem acompanhada de uma boa intenção: fabricação de produtos que não prejudiquem o meio-ambiente com a utilização de matérias-primas com responsabilidade socioambiental e desenvolvimento de projetos sustentáveis. Hoje, algumas empresas são conscientes de que a sustentabilidade é o caminho para a perenidade dos negócios. Outra boa notícia é que o mercado de trabalho para profissionais que desenvolvem e atuam em projetos e programas sustentáveis, está muito valorizado. Algumas pesquisas mostram que profissionais como estes, em níveis de gerencia, chegam a ganhar perto de R$ 20 mil mensais.

Esses profissionais terão muito trabalho pela frente. Além da poluição industrial, existem outros fatores contribuem para a destruição da natureza e que estão totalmente ligados à crescente onda de urbanização e concentração populacional. O consumo desenfreado e irresponsável de bens e produtos que contribuem para a contaminação das nossas águas, do solo e também do ar, além do desmatamento de florestas e extinção de espécies de animais. É necessário muito esforço para a erradicação desses problemas. Acreditamos que um planejamento macro de marketing muito forte há que ser feito para conscientizar a população da importância do nosso meio ambiente. O que falta ainda é educação.

Nosso grande marketing para o planeta, apesar de ainda vivermos individualmente como citamos no parágrafo acima, é nossa fonte de energia renovável: o etanol, que ainda engatinha mas caminha para o sucesso. Nós temos um grande trunfo nas mãos para dar exemplo ao mundo que ainda utiliza combustíveis fósseis não renováveis e muito poluidores como o petróleo. Mas, para isso, precisamos nos reeducar.


Nota do Editor: Mauro Ambrósio é sócio-diretor da BDO Trevisan para assuntos de sustentabilidade.

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