Existe uma infinidade de produtos para alisar cabelos, independente do tipo, textura e comprimento. A indústria cosmética evoluiu e se adaptou às necessidades de suas clientes que desejam fios lisos, mas com aspecto natural e saudável. Nos últimos anos, percebe-se que as madeixas chapadas são preferência nacional. Mas é preciso alguns cuidados com o fio para que o processo ou retoque tenha o efeito desejado, evitando a agressão à fibra capilar e conseqüências ruins. Os tipos mais comuns de alisamentos são os temporários (brushing - ao molhar sai), os progressivos (escovas progressivas, francesas, relaxamento etc. - com duração de até três meses) e os definitivos (escova definitiva - com duração de até um ano). Todos com ativos próprios para cada necessidade. As substâncias mais conhecidas e utilizadas nos salões são hidróxido de sódio, hidróxido de cálcio, lítio, guanidina e a amônia. Elas têm a função de quebrar ou desestruturar as cadeias internas do fio, modificando a textura para um formato liso ou menos ondulado. É válido lembrar que a maioria das bases não pode entrar em choque, ou seja, aplicada uma química no cabelo, ele deverá continuar com a mesma até que todo comprimento seja cortado e surjam fios novos. Alguns produtos permitem a aplicação de um outro tipo de alisamento em cima de um já existente, mas são raros os casos em que isso dá certo. O melhor é não alterar o produto escolhido. As escovas progressivas possuem, em sua fórmula, o tão discutido formol, porém em percentagem autorizada pela ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária - o que nem sempre proporciona um efeito tão liso assim. Há outros componentes como a etalonamina, derivada do tioglicolato de amônia, componente mais comum nos alisantes, que tem um poder de alisamento maior. É grande a preocupação das empresas com o uso do formol. Tanto é que já existe no mercado produtos que alisam e já hidratam automaticamente. Isso é possível porque na fórmula foi acrescentada a queratina. Essa proteína regeneradora do fio contém nano partículas de lipídios de diversos tipos, como da mandioca, bambu, castanhas e óleos essenciais, que dão emoliência e elasticidade à fibra capilar, permitindo um efeito mais natural. Nos salões surge, a cada dia, uma nova maneira de alisar, como as já conhecidas escovas de chocolate, de morango, de leite, de mel, de cristal, diamante, frutas etc. Esses "perfumes" têm como principal fator o de inibir os fortes odores das químicas, não tendo diferença no resultado final. O correto é sempre consultar um profissional especializado que irá indicar o alisante mais apropriado. A realização de alisamentos em casa não é recomendada, pois, se algum passo da aplicação não acontecer como indicado pela empresa, podem ocorrer problemas irreparáveis, entre os quais feridas no couro cabeludo e queda capilar intensa. Nota do Editor: Gennaro Preite é cabeleireiro e consultor técnico da Condor (www.condor.ind.br), líder nacional na fabricação de escovas para o cabelo.
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