A PRO TESTE Associação de Consumidores pesquisou as condições existentes no mercado para a contratação de um empréstimo no valor de R$ 500, R$ 2 mil e R$ 5 mil reais, a serem pagos em 6 e 12 parcelas. A conclusão da entidade é que o consumidor precisa ficar atento para não se ver preso em uma armadilha financeira. O crédito pessoal só vale a pena para o caso de uma emergência, ou para substituir uma dívida mais cara. E se deve fugir das financeiras onde o empréstimo pode sair até cinco vezes mais caro. Mesmo os menores juros ainda são altos, só sendo opção para o caso de uma emergência. As opções com menor custo para um empréstimo de R$ 500 com pagamento em 12 parcelas foram encontradas na Nossa Caixa, onde o custo efetivo do financiamento foi de 78,32% para quem está em São Paulo, e de 93,52% na Caixa Econômica Federal, nos demais Estados. No parcelamento em 6 vezes, a taxa de juros muda um pouco, mas as melhores opções permanecem. No empréstimo de R$ 2 mil a melhor opção também foi a Nossa Caixa com custo total de 78,31%, e nos demais Estados, Banco do Brasil (90,66%). Para empréstimo de R$ 5 mil em São Paulo novamente a Nossa Caixa (78,30%) e nos demais Estados a Caixa (83,33%). Os empréstimos pessoais são muito divulgados pelos bancos e, principalmente, pelas financeiras como sendo um "crédito fácil". Esse apelo acaba atraindo muitos consumidores. No entanto, é preciso que o consumidor saiba que a facilidade está no fato de o tomador do empréstimo não precisar apresentar alguns comprovantes, e não no custo efetivo do empréstimo. A taxa de abertura de crédito (TAC) é cobrada há um bom tempo e na maioria dos casos encarece bastante o real custo do crédito. A propaganda de uma taxa de juros relativamente baixa esconde muitas vezes uma TAC alta. O agravante desse quadro é a falta de informação dessa taxa ao consumidor, como a PRO TESTE constata em todos os testes de crédito. Essa prática do mercado tem demonstrado que o sistema vigente não tem garantido a transparência das relações entre instituição financiadora e tomador do crédito. A escolha certa indicada pela PRO TESTE é em função do custo total do financiamento, que a PRO TESTE denomina de Taxa Anual Efetiva Global - TAEG, mas que será implantada obrigatoriamente em março pelo mercado, com o nome de CET - Custo Efetivo Total. Essa é a informação a que o consumidor deveria ter acesso, pois o cálculo que engloba os juros e todas as taxas cobradas, representa o verdadeiro custo do crédito. Para conhecer o custo real de um empréstimo pessoal, o consumidor precisa saber além dos juros anunciados pela instituição financeira todos os outros valores cobrados. A Taxa Anual Efetiva Global de Encargos é a única maneira precisa de comparar diferentes propostas de financiamentos e apontar, com segurança, qual a melhor opção. (Veja o simulador no site www.proteste.org.br). No simulador desenvolvido pela PRO TESTE basta o interessado inserir nos quadros correspondentes os juros anuais, o número e o valor das parcelas, e as taxas cobradas em paralelo. É preciso marcar se elas serão cobradas de uma só vez ou diluídas mês a mês. Com essas informações o consumidor poderá verificar qual a melhor proposta escolhendo a que resultar na menor TAEG ou CET como será chamado. O simulador calcula automaticamente a TAEG do financiamento. Todas as linhas de crédito analisadas pela PRO TESTE trabalham com juros prefixados. O prazo para pagar o empréstimo pode variar. Na maioria das vezes, o consumidor pode optar por prestações de 1 a 24 vezes, mas há instituições onde se consegue chegar a até 48 meses (Santander). O valor concedido depende de uma análise de crédito. O montante que pode ser contratado nessa modalidade vai de 20 (Bradesco) a 20 mil reais (Banco do Brasil). Em geral, as instituições definem o limite de crédito em função da renda do cliente. Mas nem sempre é preciso comprovar essa renda. O banco, por ter acesso íntimo às finanças, não se prende muito à renda do contracheque, no caso de cliente antigo. Nesse caso, para o limite de crédito contam também as movimentações bancárias e o histórico de relacionamento com essa e outras instituições.
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