Calor eleva o consumo e desperdício de água
De acordo com a Organização das Nações Unidas, cada pessoa necessita de 110 litros de água por dia para atender as necessidades de consumo e higiene. No entanto, no Brasil, o consumo por pessoa pode chegar a 200 litros. Com a chegada do verão e temperaturas elevadas, o consumo de água conseqüentemente aumenta. "A preocupação com o gasto deste recurso deve ser durante todo o ano, porém no verão devemos redobrar esse cuidado", diz o engenheiro Luiz Fernando Lucho do Valle, presidente da Ecoesfera Empreendimentos Sustentáveis. Uma das soluções encontradas pelo engenheiro para conter o desperdício de água em seus empreendimentos foi a implantação de chuveiros com válvulas inteligentes que regulam a quantidade de água, onde a economia é de 125 litros por banho de 5 minutos. O uso de um chuveiro convencional com base nesta média de tempo gasta por volta de 250 litros de água. Torneiras com temporizadores, vasos sanitários equipados com dois acionadores na descarga - dois e seis litros, também fazem parte do projeto. Outra solução são as estações de tratamento de esgoto e as caixas de captação da água de chuva, a primeira trata a água proveniente das torneiras e chuveiros e volta para reuso somente no vaso. "Mas quem não possui estes diferenciais em casa também pode contribuir usando a água de enxágüe da máquina de lavar para a limpeza do quintal, captar água de chuva com auxílio de baldes, diminuir o tempo do banho e sempre que possível levar o automóvel em lava rápidos" sugere do Valle. Segundo a ONU, vinte e seis países com cerca de 232 milhões de pessoas sofrem com a escassez da água. Caso as nações em desenvolvimento não fecharem suas torneiras, terão de investir mais de US$ 700 bilhões nos próximos anos para não morrerem de sede. Embora o Brasil seja privilegiado com 13,7% da água doce do planeta e 1/3 do maior aqüífero subterrâneo do mundo, com um volume de 50 bilhões de metros cúbicos, a distribuição dessa água é desigual. "É importante lembrar que este importante recurso é finito. É preciso nos reeducar, ensinar nossos filhos para que amanhã eles possam continuar usufruindo deste recurso tão importante", conclui do Valle.
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