Pensando só em si mesmo, o ser humano se distancia cada vez mais do bem-estar conjunto
Na concepção original da engenharia cósmica, o planeta Terra foi dotado de todos os mecanismos automáticos para a preservação de sua saúde e equilíbrio, pois tudo foi criado dentro dos princípios estabelecidos pelas leis naturais da Criação. Às pessoas foi dado o livre arbítrio para que, reconhecendo essas leis, pudessem orientar suas vidas por elas e, assim, colher saúde, alegria, crescimento e bem-estar. Contudo, o ser humano se afastou da rota prevista, passando a agir de forma arbitrária. A capacidade para agir lhe é inerente, no entanto, deve arcar com as conseqüências de seus atos, lembrando que as leis da Criação são autônomas e atuam automaticamente nesse sentido. Hoje, cerca de 6,5 bilhões de pessoas habitam o planeta, necessitando de abrigo, vestimenta e sustento para seus corpos. Mas a saúde, há muito tempo foi embora. A maioria sofre de alguma enfermidade e isso está intimamente ligado à contaminação do meio ambiente. As pessoas, as organizações e o planeta estão doentes. Alimentação inadequada, vícios como o fumo e abuso de bebidas alcoólicas, sedentarismo e pressões diárias são hábitos que provocam a ruptura do equilíbrio e, portanto, geram doenças. O meio ambiente também tem sido continuamente agredido e sugado ao máximo, ficando sem a possibilidade da automática restauração. Evidente que a responsabilidade disso tudo cabe a cada pessoa e às organizações da qual fazem parte, sejam empresariais ou não. E as organizações adoecem quando deixam de atender aos legítimos interesses do conjunto, passando a ser manipuladas para servir aos interesses de grupos particulares, o que alimenta a arrogância e a intolerância. Com isso, as pessoas deixam de ser levadas em consideração, e seus sentimentos, expectativas e suscetibilidades não são respeitados. Logo, a harmonia se rompe o que poderá ser facilmente observado na falta de cordialidade nas relações interpessoais. Assim cresce a sensação de ameaça, do medo de perder algo, mas sem saber exatamente o quê. Só aos poucos se percebe a perda da liberdade e da criatividade, pois tudo passa a ser regulamentado e controlado, executável por qualquer robô. A comunicação se torna deficiente. O estresse se propaga. Ganha corpo a concorrência predatória. Os colaboradores perdem o sentimento de amor pelas tarefas, executando-as mecanicamente. Não há mais objetivos a serem alcançados. Cada um se concentra apenas em seu interesse pessoal. A mudança desse status quo virá apenas quando os indivíduos se despirem de seu acentuado ego e puserem em ação suas capacitações em prol da humanidade. Cada um que se esforçar para modificar a sua sintonização, e assim melhorar a saúde física, mental e emocional, buscando construir uma vida sadia e feliz, estará contribuindo para curar a si mesmo, às organizações e ao planeta. Nota do Editor: Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, articulista colaborador de importantes jornais de São Paulo e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Atualmente, é um dos coordenadores do www.library.com.br, site sem fins lucrativos, e autor dos livros Encontro com o Homem Sábio, Reencontro com o Homem Sábio, A Trajetória do Ser Humano na Terra e Nola - o manuscrito que abalou o mundo, editados pela Editora Nobel com o selo Marco Zero. E-mail: bidutra@attglobal.net.
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