As notícias diárias sobre o que ocorre com o nosso meio ambiente não são animadoras. A causa dos transtornos é sempre a grande emissão de poluentes por veículos automotores, indústrias e até pelas pessoas e animais. Questões como a falta de água, gerada pelo superaquecimento global, as mudanças bruscas climáticas, a seca em certas regiões e as enchentes em outras já não são novidades. O futuro da humanidade neste planeta será incerto, se o atual quadro de degradação e o abuso aos recursos naturais não forem alterados. Apontados como os principais responsáveis pelo atual estado estão os veículos automotores, que consomem combustíveis fósseis e emitem CO2 na atmosfera. Para atestar a teoria, vemos que Pequim, a capital da República Popular da China, passou a adotar um sistema piloto de rodízio, parecido com o da capital paulista, para retirar veículos das ruas e melhorar o ar que será respirado pelos atletas e participantes dos Jogos Olímpicos de 2008, que acontecerá naquela cidade. Em 22 de setembro, acontece aqui no Brasil, um exemplo seguido dos países europeus, o "Dia Mundial Sem Carro". Será um dia para que as pessoas deixem os seus veículos em casa e possam fazer uma reflexão sobre a emissão de gases poluentes e os danos causados pelos veículos automotores. Em algumas cidades brasileiras já é comum vermos que ao nascer um bebê, seus pais recebem uma muda de árvore na maternidade para plantá-la ao chegar em casa, e assim, contribuir para a melhoria do ar que aquela criança vai respirar posteriormente. Imagine se todos os prefeitos das principais cidades brasileiras fizessem isso por aqueles pais, que tivessem condições e disponibilidade de espaço, para plantar uma muda de árvore? Essas ações isoladas contribuem sim para a melhoria do ar que respiramos. Se adotarmos o costume de dar e pegar carona para o trabalho, usar o transporte coletivo ou ainda com transporte especial, como os ônibus de fretamento, em condições perfeitas de manutenção para não emitir poluentes prejudiciais à camada de ozônio, estaremos fazendo a nossa parte também. É comprovado que um ônibus fretado tira quinze carros de passeio da rua e com isso diminui o trânsito nas cidades. Isso é um dado positivo, mas se esse ônibus não estiver em condições regulares, aumentará a emissão de detritos poluentes. Como alguns veículos clandestinos que circulam e que não são submetidos às rigorosas vistorias exigidas pelos órgãos autorizados, e assim podendo ser responsabilizados por grande parte da poluição emitida por veículos automotores. Quando vemos um veículo desse emitir fumaça preta, instintivamente, colocamos a mão na boca para não inspirá-la. Sabemos que aquele ar pode comprometer nossa saúde e nosso bem estar. Mas, se no dia seguinte, utilizarmos um veículo semelhante para o nosso deslocamento, é sinal que ainda não conseguimos ver as coisas como elas realmente elas, e que de fato contribuímos para que as causas do efeito estufa continuem a ocorrer. Dizem que "uma andorinha só não faz verão", mas o conjunto de pequenas ações no nosso dia-a-dia, contribuirá pelos menos para não agravar mais o atual estado do planeta. As empresas de fretamento estão fazendo sua parte, colaborando com a inspeção de poluentes, mantendo seus veículos em ordem para evitar o desgaste do meio ambiente. Mas cada um deve conscientizar-se e contribuir um pouquinho para um futuro melhor. Plante uma árvore, polua menos, recicle, deixe o carro em casa, construa hábitos salutares e uma vida melhor para toda a humanidade. Nota do Editor: Maurício Marques Garcias, 40, engenheiro mecânico, é presidente da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros por Fretamento do Estado de São Paulo.
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