Crescimento populacional impõe privação do desenvolvimento sustentável
O mundo para os humanos está restrito, por ora, ao planeta Terra. Planeta que está absurdamente recebendo em torno de 6.1 bilhões de criaturas que lutam desesperadamente para se manterem vivas. Segundo os pesquisadores nascem 8.6 bebês por segundo no planeta e em torno de 743.040 ao dia. Mas não morre o mesmo número, fazendo com que o inchaço cresça desmedidamente. Todas essas criaturas e as outras viventes competem por comida, água e trabalho, produzem lixo e eliminam carbono e metano, gases nefastos à vida saudável. O crescimento populacional desordenado está impondo ao ser humano a privação do desenvolvimento sustentável. Quanto maior o crescimento populacional, maior a necessidade de área para produzir o sustento. Há inúmeras e prejudiciais conseqüências desse crescimento desordenado. Uma delas é o verdadeiro abate das florestas para alocar toda essa população que vai surgindo. Todos nós estamos assistindo aos solavancos climáticos que atingem o planeta: terremotos, erupções vulcânicas, maremotos, secas e inundações extremas. A natureza já não pede socorro. Ela está se defendendo de seus predadores. E os está eliminando naturalmente já que eles não raciocinam no sentido de que não se pode por água numa tina além de sua capacidade de armazenamento sob pena de vazamento. O excesso de pessoas sobre o planeta já mostra os desajustes sociais, estes inclementes para com todos. A miséria e o desemprego grassam por toda a parte. A tecnologia avança em velocidade incontrolável e os homens reduzem tudo ao ínfimo. A mão-de-obra braçal é substituída sem condescendência por técnicas cada vez mais sofisticadas. O crescimento da população mundial e um déficit cada vez mais significativo na produção de alimentos decorrente da desarmonia climática vai forçar que as populações esfomeadas busquem novas áreas onde possam sobreviver. Isto não significa ser apocalíptico. Trata-se de mera constatação que qualquer um pode fazer. Atente-se para o que se passa na Europa e nos Estados Unidos. Não é à toa que os americanos já estão levantando o seu muro. Logo essas ações estarão espalhadas por outros continentes e não nos surpreendamos se outras muralhas forem erguidas aos moldes das civilizações antigas. Não saberia dizer se para quadro tão caótico há possibilidade de reversão sem que se prescinda de uma gigantesca dizimação humana. Mas não posso deixar de registrar que a miséria, a criminalidade, o fanatismo, a insensatez e a inversão de valores éticos e morais (e porque não os religiosos também) estão para nós como os tentáculos de algum ser aquático na busca de sua cadeia de preservação. É preciso pausar o crescimento humano. Dar um pouco de descanso ao planeta. Ainda é possível ajustar os engates e as roldanas. Mas tem de ser rápido porque o tempo não espera e não faz concessões.
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