Não é nenhuma novidade, que cosméticos são produtos de higiene e perfumaria utilizados com o objetivo de limpar, perfumar e melhorar o aspecto geral da pele. Durante muitos anos, xampus, condicionadores, cremes, esmaltes, batons e cremes dentais foram produzidos em ampla escala e consumidos por uma gama da população sem qualquer orientação. Afinal, cosméticos são produtos inócuos à saúde? Por definição produtos cosméticos não representam dano à saúde, pelo contrário são produtos desenvolvidos para garantir o bem estar da pele, que possui inúmeras funções como proteção contra danos físicos e à radiação ultravioleta, controle de entrada de materiais externos (como água e microorganismos), manutenção da temperatura, entre outros. Com o desenvolvimento da indústria cosmética e o aparecimento de novas formulações observou-se um aumento na incidência de reações adversas (efeitos indesejados, como irritação ou alergia) causadas por produtos cosméticos, sendo necessário assegurar, cada vez mais, a segurança desses produtos. Então, como se certificar que estes produtos são seguros ao consumo? Surgem então clínicas especializadas em pesquisar a segurança e a eficácia de produtos cosméticos. Levando às prateleiras produtos mais seguros e com qualidade garantida. Rótulos com os apelos dermatologicamente testado, clinicamente testado e oftalmologicamente testado são freqüentemente encontrados. Mas o que são todas estas informações? Produtos dermatologicamente testados foram avaliados em seres humanos sob controle do médico dermatologista para verificar o potencial de reações na pele. Assim com os produtos oftalmologicamente testados (xampus e produtos para área dos olhos), que apresentam resultados de pesquisas realizadas sob acompanhamento do médico oftalmologista durante o uso do produto sob condições normais. Estes produtos são mais seguros para uso, pois não apresentaram potencial irritante ou alergênico. Prefira produtos que apresentem estes dizeres em sua rotulagem. É bom lembrar que além de seguros, os cosméticos precisam comprovar sua eficácia clínica e sua aplicação para o tipo específico de pele a que se destinam. Os protetores solares foram os pioneiros e atualmente as grandes indústrias cosméticas brasileiras buscam a cada dia mais comprovar a eficiência de seus produtos, garantindo desta forma que o cosmético desempenhe o seu papel de mantenedor da saúde e beleza da pele. Para tal é imprescindível à avaliação das qualidades atribuídas ao produto, como o fator de proteção solar, a melhora nas linhas de expressão e rugas, a melhora na hidratação da pele e efeito protetor contra agressões externas. Protetores solares com FPS (fator de proteção solar) 15, protegem a pele 15 vezes mais que a exposição sem nenhum tipo de filtro, e são indicadas para pessoas que se bronzeiam após a exposição solar. Já para pessoas de pele muito clara (que tendem a ficar vermelhas) é indicado um filtro com FPS 30. Cremes ou protetores faciais, comumente apresentam em seus rótulos dizeres Não Comedogênico / Oil free, estes produtos foram avaliados quanto a sua capacidade de formar cravos (comedões) e são destinados à pessoas com pele oleosa. Para manter a pele hidratada, procure produtos como emulsão hidratante ou loção hidratante, estes produtos são destinados a todos os tipos de pele. Para pessoas com pele sensível, os produtos sem conservantes ou corantes são os mais indicados. O atributo Produto para pele sensível é assegurado a aqueles produtos testados em pessoas com sintomas de pele sensível e que não apresentaram desconforto significativo durante o uso. Os produtos denominados Hipoalergênicos foram avaliados quanto a compatibilidade com a pele inclusive fotoalergia e fotoirritação. Outro fator importante e que garante a segurança sanitária dos produtos expostos ao consumo é o registro destes na Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Para fins de registro nessa agência, os cosméticos são divididos em Grau I (de menor risco) e Grau II (de maior risco). Neste último grupo estão os cosméticos com princípios ativos e os cosméticos infantis. A grande maioria dos cosméticos ofertados no mercado são de Grau I. Para identificar corretamente se um cosmético tem registro na ANVISA, o consumidor deverá identificar, nos cosméticos de Grau I, os dizeres "Registro ANVISA 335/99" e, para os de Grau II, um número de registro composto por uma seqüência de números. Em caso de dúvidas ou de denúncias, o consumidor poderá acessar as informações pertinentes no site da agência: www.anvisa.gov.br. As pesquisas cosméticas vêm crescendo abruptamente, buscando uma melhor qualidade de seus produtos e competitividade em relação ao mercado internacional, cabe agora aos consumidores incentivar estas medidas exigindo um produto seguro e com eficácia comprovada. Dicas: · Produtos com testes realizados sob controle do médico dermatologista são mais seguros Dermatologicamente testado / Clinicamente testado; · Produtos com apelo de Não comedogênico / Oil free não apresentaram formação de cravos após o uso, indicado para pessoas com a pele oleosa ou com tendência a obstrução dos poros; · Produtos para a pele sensível, foram testados em um grupo de pessoas com uma pele sensível, e não apresentaram sinais de irritação ou alergia; · Produtos com ação hidratante são indicados para todos os tipos de pele, pois a perda de água é comum mesmo em peles oleosas; · Produtos para uso infantil são apropriados ao tipo de pele e cabelos do público a que se destinam. Fonte: Dr Roberto Latini - Latini & Associados e Drª Carla Goulart Peron - Instituto de Bioengenharia da Pele - EVIC Brasil.
|