A psicóloga da Vibe, Milena Fernandes Mata, destaca alguns dos principais pontos que ajudam a criança a enfrentar o bullying
O bullying é uma prática descrita como sendo todo e qualquer ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitiva que ocorre sem motivação clara. Pode ser praticado por um indivíduo ou grupo, contra apenas uma ou direcionado a mais pessoas, geralmente com o objetivo de intimidar ou agredir, causando desconforto às vítimas. Entre as sensações que essa agressão pode gerar em um indivíduo estão a angústia, o medo, a sensação de desamparo, entre outros sentimentos negativos e que podem prejudicar a vida de uma criança ou adulto. De acordo com um estudo recente, promovido pela McAfee e com abrangência mundial, mais da metade dos pais brasileiros têm receio de que seus filhos pratiquem o bullying ou cyberbullying contra outras crianças. Ainda de acordo com o estudo, crianças e adolescentes do Brasil, quando comparadas à jovens de outros países, são os que menos falam sobre o assunto com a família. “Os motivos que sustentam esta prática são variados e as consequências psicológicas dessa ação podem perdurar por toda uma vida”, esclarece a psicóloga da Vibe Saúde (vibesaude.com), Milena Fernandes Mata. Segundo a psicóloga, os pais podem usar alguns pontos de atenção para identificar se a criança está sofrendo ou praticando o bullying: · Refletir com a criança sobre a diferença entre brincadeira e bullying; · Estimular a pesquisa sobre o tema que explique o que é o bullying e suas consequências; · Construir diálogos onde ele(a) se sinta visto(a), ouvido(a) e acolhido(a) em suas vivências e seja convidado(a) a refletir sobre seus comportamentos; · Ressaltar as qualidades da criança também é importante. Elas podem servir como estímulo para o processo de mudança; · Contar com uma rede de apoio é importante, porém sempre tomando cuidado para não expor a criança a situações adversas. Milena ainda destaca que o diálogo também pode prevenir que a criança seja a provocadora dessa violência. “Estimular a empatia, o ato de se colocar no lugar do outro para pensar como seria se isso estivesse acontecendo com a própria criança. Quando os pais percebem um comportamento violento é importante ensinar sobre o pedido de desculpas e estabelecer com a criança novas formas de agir”, explica. A psicóloga afirma que a busca por um profissional especializado nessas situações pode fazer toda a diferença e é essencial para identificar a ocorrência do bullying em escolas, meio familiar e outros ambientes de convívio infantil.
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