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SEÇÃO
Comportamento
07/09/2005 - 10h03
Filhos pidões
Maria Irene Maluf
 

Desde pequenas, algumas crianças demonstram possuir uma grande insatisfação com tudo que as cerca. Reclamam muito e estão sempre pedindo coisas novas. As mães e também os pais, avós, tios, para tentarem resolver o problema, lançam mão de um recurso que, na verdade, é o que alimenta esse comportamento: cedem e acabam por fazer a vontade da criança, que logo em seguida volta a pedir outra coisa e mais outra.

Há também aqueles que não pedem especificamente nada, mas choramingam o tempo todo, como se estivessem carentes de atenção e afeto. A única forma de os ver sorrir é dar um presente, levar a um lugar do qual gostem, tentar adivinhar e realizar seus desejos e, assim, por um breve espaço de tempo, tudo parece bem.

Com a repetição continuada desse quadro, a pequena e tão amada criatura, passa a se comportar como um tirano, manipulando a família, transformando bons momentos em momentos de expectativa, de ansiedade e insegurança, pois suas crises de birra acontecem em qualquer lugar e na frente de qualquer pessoa, o que deixa os pais muito embaraçados.

O problema maior é que esse comportamento ultrapassa as paredes da casa e chega à escola, onde os professores não podem dar a essa criança o mesmo tipo de tratamento que os pais oferecem e nem podem obrigar as outras a satisfazer a vontade de uma só! Aí começam realmente os problemas mais sérios, pois frustrada, a criança acaba por não querer ir mais à escola, não fazer lições e por não aprender como poderia, começa a tirar notas baixas. No final de um tempo, aparecem dificuldades escolares de toda ordem.

Uma benéfica disciplina, em que o amor seja mesclado com os limites, pode solucionar a curto prazo o problema, embora não seja algo fácil nem para os pais, nem para a criança.

Em primeiro lugar, dizer sim ou não para um pedido infantil, requer um posicionamento firme dos adultos. É necessário ter em mente uma justificativa clara, de modo que os pais consigam passar coerência à criança e a idéia de que eles sabem e fazem o que é melhor para ela, pois a amam e só querem o seu bem.

Uma boa estratégia é, desde cedo, adiar um pouco a satisfação dos pedidos da criança e lançar mão de uma frase pequena e eficiente: "vou pensar". Quando o problema já está instalado, a situação é mais difícil, pois será preciso deixar a criança aprender o que significa um não, a aprender a optar, a escolher, a valorizar, a esperar... e ignorar totalmente suas birras, crises de choro e até as chantagens que muitos fazem como último recurso para obterem o que desejam.

Crianças que não param de pedir coisas e que logo ficam insatisfeitas, não são felizes e só esse já é um bom motivo para os familiares pensarem em se conter antes de satisfazer todas as suas vontades, assim como devem deixá-los sentir falta de algumas coisas supérfluas, para poderem aprender a valorizar o que tem de realmente importante.


Nota do Editor: Maria Irene de Matos Maluf é pedagoga especialista em Psicopedagogia, presidente Nacional da Associação Brasileira de Psicopedagogia e editora da revista Psicopedagogia.

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