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Comportamento
26/08/2005 - 09h15
Pedofilia
Estevan Matheus
 
O perigo pode estar mais perto do que se imagina

A maior parte dos abusos acontece no âmbito familiar, geralmente por parentes mais próximos da criança, como seus pais, padrastos e tios.

Do pediatra que abusava sexualmente de seus pacientes, dos incontáveis casos de padres ao recente julgamento de Michael Jackson (absolvido por falta de provas), o tema pedofilia cada vez mais nos surpreende. No início do ano, o tema ganhou dimensão e parou em Hollywood, no filme O Lenhador , que mostrava a trajetória de um pedófilo com um olhar humano e compreensivo, fato que causou polêmica nos Estados Unidos.

Em vez de brincadeiras tradicionais, horas em frente ao computador. É assim que a maioria das crianças procura lazer, navegando em sites infantis, passando por jogos e parando nas congestionadas salas de bate-papo. Situações como esta vêm causando muitas preocupações aos pais e, recentemente, têm sido mostradas em horário nobre na novela "América", cujo personagem Rique (vivido pelo garoto Matheus Costa) passa a maior parte do seu tempo na Internet "conversando" com um amigo que diz ter 12 anos.

Os dados de uma ONG italiana que monitora a pedofilia on-line mostram um crescimento de 70,35% em apenas um ano e o Brasil aparece em quarto lugar na estatística de países que hospedam sites com esse conteúdo. Em muitos casos o pedófilo tem o mesmo perfil de uma pessoa considerada comum. Segundo a Organização Mundial de Saúde, o indivíduo pedófilo tem 16 anos ou mais e pelo menos cinco anos a mais que a criança. Faz parte do âmbito familiar e é considerado exemplo no meio em que vive.

Mas o perigo pode estar mais perto do que se imagina. Dados da Abrapia - Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência revelam que, no período de 1997 a 2003, foram registradas cerca de 5.070 denúncias. Deste total, 63% consistia em abuso sexual e 37% em exploração sexual. No caso do abuso, 40% acontecia fora da família, mas 60% eram praticados pelo pai, padrasto ou tio.

São pessoas que possuem auto-estima rebaixada e uma sexualidade mal resolvida. O uso de álcool e drogas ilícitas também podem incentivar a prática do distúrbio que, na maioria das vezes, ocorre em homens de personalidade tímida que se sentem impotentes e incapazes de obter satisfação sexual com mulheres. Não existe uma classe social específica para o pedófilo, entretanto, uma criança que foi abusada poderá, quando adulta, ter mais chances de se tornar também um pedófilo.

Além disso, dificuldades de envolvimento emocional, desenvolvimento de laços confiáveis e distúrbios emocionais como depressão poderão ocorrer e a melhor forma para prevenir é dialogar com a criança explicando sobre o que é abuso sexual, ensinando sobre a privacidade de certas partes do corpo e sobre os perigos que a Internet pode causar. Os pais precisam ainda estabelecer uma relação confiável e atenciosa, ouvindo sempre o que a criança tem a dizer, não duvidar do que ela diz e sabendo sempre com quem ela passa seu tempo.


Nota do Editor: Estevan Matheus é psicoterapeuta.

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