Nos últimos tempos a figura do síndico mudou bastante. Uma atividade que antes era baseada, principalmente, na gestão de obras, manutenções e reformas condominiais precisou se transformar e estender a sua atuação também na resolução de conflitos entre moradores e regulação das normas de convivência. Agora, o síndico tem a responsabilidade de gerir a coletividade de forma transparente, prudente, empática, aberta ao diálogo e cautelosa em suas decisões e atitudes. De acordo com o diretor comercial da empresa de revestimentos sustentáveis Ecogranito, Renato Las Casas, a chegada da pandemia de Covid-19 demandou dos síndicos uma postura ainda mais dedicada e preocupada com o bem-estar, saúde e segurança dos condôminos. "Com a crise atual, estes profissionais precisaram se preparar e direcionar seus esforços para a condução de uma rotina harmoniosa em um contexto complexo que afetou intensamente as dinâmicas diárias dos condomínios. Para lidar com esse momento, foi necessário impor medidas restritivas que reduzissem a circulação de moradores e determinar a interdição de áreas comuns como piscinas, playgrounds, salões de festas e salas de jogos etc. Tais atitudes geraram diversas discussões, desentendimentos e questionamentos que não só tinham que ser observados com objetividade e agilidade, como também solucionados e amenizados por estes administradores com eficácia e muita paciência", destaca. A tecnologia também ganhou destaque no dia a dia condominial e tem sido uma grande aliada dos síndicos durante a pandemia. Por meio dela foi possível aperfeiçoar vários processos, atividades e funções inerentes as atuações destes profissionais. Hoje, diversos aplicativos permitem a emissão de boletos, o acesso as pastas de prestações de contas, o acompanhamento de fluxo de caixa e cotas pendentes de forma totalmente online. Esses dispositivos evitam a interação física entre moradores e síndicos, economiza tempo e diminui os riscos de contágio. "É imprescindível ressaltar que o síndico exerce um papel muito importante atualmente e que perpassa por inúmeros âmbitos. Seus desafios vão muito além da gestão de problemas estruturais de edifícios e suas demais dependências. Agora, esse profissional precisa reunir conhecimentos e adquirir técnicas que aprimorem a comunicação com condôminos, incentivem o diálogo e o bom senso entre eles, e assim evitem ou diminuam possíveis conflitos", conclui.
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