22/06/2025  20h38
· Guia 2025     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Comportamento
06/08/2005 - 05h31
A sexualidade, a adolescência e a escola
 
 

Uma pesquisa realizada pela UNESCO em 2001 aponta que a média de idade para a primeira relação sexual do menino é 14,5 anos e, para as meninas, 15,5. Como isso acontece é o mais preocupante. O despreparo e o espírito imediatista próprios da idade levam esses adolescentes a situações complicadas que muitas vezes podiam ser evitadas: uma garota de 12 e outra de 13 anos, recentemente, se meteram em uma confusão ao aceitarem bebidas de jovens de 17 a 23 anos no estacionamento de um prédio em Brasília. A mais nova desmaiou, foi levada por um dos rapazes a um apartamento, onde teria sofrido abuso sexual. A menina foi parar no hospital com hemorragias e o jovem foi preso. Os dois lados dessa triste história merecem atenção.

Drogas e sexo, ao lado da violência, formam o trio monstruoso que assombra as famílias do século XXI. A quem cabe a responsabilidade da formação de nossas crianças, adolescentes e jovens, que permita uma visão consciente de sua sexualidade? É claro que a família aparece em primeiro lugar, seguida pela escola. O que acontece, no entanto, é que a maioria dos pais não sabe como fazer isso e as escolas não dispõem de profissionais capacitados para tanto. No entanto, algumas escolas encontraram uma boa receita: a educação preventiva. Como é possível aplicar isso no cotidiano escolar?

O Colégio I.L. Peretz provou que colocar o assunto como prioridade é essencial. Segundo Bruno Weinberg, psicólogo e Orientador Educacional da escola, o primeiro passo nesse sentido foi criar uma equipe de educadores que se identificasse com o assunto. "O adolescente está cheio de dúvidas e precisa esclarecê-las livre dos tabus, preconceitos, medos e aflições que muitas vezes atrapalham os adultos no momento em que são pegos de surpresa por perguntas embaraçosas. Sexualidade é assunto complicado, só trabalha bem o tema quem tem um bom trânsito entre os alunos", diz Weinberg.

Assim, um grupo de discussão foi formado por professores voluntários do Peretz que se reúnem várias para troca de experiências antes da abordagem da pauta sala de aula. "A 6ª série do Fundamental foi localizada como principal alvo, mas já no primário, de acordo com as demandas da faixa etária, o assunto é pertinente", conta Bruno.

Na aula de Português, da 6ª série, o livro "O que está acontecendo comigo", de Peter Mayle, Arthur Robins e Paul Walter, lido pelos alunos gerou discussões muito proveitosas. "Eles conseguiram expor suas principais dúvidas, perguntas embaraçosas vieram à tona e foram desmistificadas", conta o psicólogo. "É muito importante que a escola ofereça esse espaço aos adolescentes. Aqui no Peretz, conseguimos formar uma boa equipe e o assunto é abordado tranqüilamente nas aulas de Educação Física, História Judaica, Geografia, Português, Computação, Ciências e Orientação Educacional", conclui Bruno Weinberg.

O Colégio Itaca, na zona oeste, também concorda que a escola tem um papel crucial na questão da educação sexual. Segundo a professora de Ciências do Fundamental II, Maria Aparecida Lico, é muito importante o professor perceber o momento certo de abordar a questão e não perder a oportunidade de discussões. Em geral, a professora espera a turma já estar bem entrosada entre si e com ela, o que acontece geralmente no segundo semestre da 7ª série. Apesar de o aparelho reprodutor fazer parte do programa desta série, o trabalho não se limita a esse assunto, coloca em pauta as DSTs, gravidez precoce e propõe situações problemas.

"A educação preventiva é indispensável, pois eles estão em idade de fazer opções. Colocamos constantemente os adolescentes para pensar, se posicionar. Não é raro sabermos de histórias de meninas e meninos que tinham acesso à informação e acabam se vendo diante de uma situação de gravidez precoce. Então, tem que ser um trabalho bem consistente", diz a professora. A escola promove também encontros dos alunos com profissionais da área da saúde, que dão informações práticas sobre anticoncepcionais, preservativos e DSTs.

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "COMPORTAMENTO"Índice das publicações sobre "COMPORTAMENTO"
01/06/2022 - 06h26 Meu filho não tem amigos, o que fazer?
25/02/2021 - 06h16 Namoro online: atenção aos sinais de alerta
13/02/2021 - 07h17 Namorado gringo?
11/02/2021 - 06h14 Dez dicas de etiqueta nas redes sociais
03/02/2021 - 06h08 Por que insistir em um relacionamento desgastado?
28/01/2021 - 06h19 Mulheres independentes assustam os homens
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2025, UbaWeb. Direitos Reservados.