Com colaboração de atletas de alto nível, a empresa desenvolveu diversos produtos em busca de centésimos de segundo.
| Divulgação |  | | | A sapatilha Monsterfly foi desenvolvida para as provas de 100 metros rasos. |
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Centésimos de segundo, traduzidos num piscar de olhos, podem fazer a diferença entre o lugar mais alto do pódio e a frustração de ficar fora de uma final na Olimpíada de Atenas, em agosto. Por isso, a Nike, líder mundial no mercado de produtos esportivos, investiu na arte da velocidade, desenvolvendo diversos produtos, em parceria com atletas de alto nível, em busca de inovações tecnológicas que ajudem na performance olímpica. Todos os lançamentos da Nike para a maior festa do esporte mundial têm o mesmo objetivo: ajudar os atletas a serem e parecerem mais rápidos. A preocupação com a velocidade foi constatada a partir de pesquisas com atletas de elite. Além dos equipamentos esportivos, que realmente ajudam os competidores, foi levado em conta também o fator psicológico. Assim, os produtos têm um design que mostra velocidade. Na busca por inovações que permitam conforto, leveza e desempenho, os destaques são o Projeto Swift que abrange roupas para atletismo, natação, patinação e ciclismo e as sapatilhas de atletismo, cada vez mais leves. Essas inovações só foram possíveis graças à persistência de técnicos, que consumiram milhares de horas de testes e, em alguns casos, mais de seis anos de trabalho. "Inovação faz parte da missão da Nike. Os novos produtos desenvolvidos para Atenas têm um objetivo em comum, que é maximizar o desempenho dos atletas através de tecnologias avançadas para ajudá-los a ser mais velozes. Todos são resultado de um extenso trabalho de pesquisas com atletas de elite. Atletas como Marion Jones, Tim Montgomery, Lance Armstrong, entre outros, que conversaram com nossos designers sobre suas necessidades", comentou o diretor de Comunicação das Américas da Nike Henry Molina. "Milhares de horas de testes, centenas de protótipos para oferecer roupas, calçados e equipamentos que possam colaborar para que os atletas não só sejam, mas pareçam mais velozes." Novidades Entre as sapatilhas, a Monsterfly, por exemplo, traz como novidade a coluna de suporte e tração no calcanhar, desenvolvida especialmente para as provas de 100 metros rasos, que exigem potência e explosão física. Outro lançamento é a Zoom Celar 2, desenvolvida em parceria com a velocista norte-americana Marion Jones. Muito leve e versátil, a sapatilha foi desenvolvida para ser anatomicamente correta para as curvas nas provas dos 200 e dos 400 metros rasos. Tem também uma placa mais resistente para melhor acomodar a potência explosiva na saída dos blocos de partida. Com tudo isso, já é a sapatilha preferida de atletas como a velocista francesa Muriel Hurtis, especialista nos 200 m, e a campeã mundial dos 400 m, a mexicana Ana Guevara. O marroquino Hicham El Guerrouj, um dos maiores fenômenos do meio-fundo mundial, também usou toda a sua experiência nas pistas para ajudar no desenvolvimento da Zoom Miler, sapatilha desenhada especialmente para o corredor completar a milha (1.609 m) em menos de quatro minutos. Hicham é o homem mais rápido do mundo na especialidade, com o tempo de 3min43s13, obtido em Roma, em julho de 1999. É a sapatilha de atletismo mais leve da Nike, com 127,57 gramas. Como parte do design "menos é mais", a Max Cat é uma sapatilha extremamente simples, desenhada especificamente para ser uma extensão do pé, como se fosse uma luva. Este é o equipamento usado, por exemplo, pelo dominicano Felix Sanchez, campeão mundial dos 400 metros com barreiras. Conforto e durabilidade são essenciais na desgastante disputa da maratona, prova de 42.195 metros. Para desenvolver a Zoom Marathoner, a Nike contou com a colaboração da britânica Paula Radcliffe, recordista mundial da modalidade e vencedora das Maratonas de Londres e Chicago em 2002. Além de conforto e durabilidade, outra preocupação foi com a ventilação interna do calçado, já que na época da Olimpíada o calor deverá ser intenso. Por isso, a sapatilha tem painéis de malha mesh (tecido respirável), complementados por pequenos orifícios no meio do pé e no solado externo. Sem dor No atletismo, as novidades não se restringem às corridas. A dor, por exemplo, foi a inspiração para a criação do PV Light, calçado especial para os atletas de salto com vara, como Stacy Dragila, ganhadora da medalha de prata do Mundial Indoor. O designer Tinker Hatfield, que foi um praticante da modalidade na universidade, resolveu desenhar o primeiro calçado da Nike voltado para salto com vara, terminando com os incômodos provocados pelo uso de sapatilhas de outras provas. A sua grande virtude é ser confortável, já que o salto com vara geralmente é um evento muito longo, podendo durar horas. Outra parceria de sucesso foi feita com o ciclista norte-americano Lance Armstrong, cinco vezes campeão da tradicional Volta da França. Detalhista e exigente, ele ajudou a Nike a confeccionar a sapatilha Lance. Com 320 gramas por calçado e fivela, ela é uma das mais leves do mercado. A equipe de inovação avançada da Nike está sempre empenhada em descobrir mais soluções, com o objetivo de ajudar os atletas a se moverem com a máxima eficiência e atingirem o máximo potencial de desempenho. Os mesmos especialistas do Projeto Nike Swift, que obtiveram sucesso internacional com a roupa Swift Suit para o atletismo na Olimpíada de Sydney, em 2000, lançam a linha especial para a natação competitiva com a roupa Swift Swim. A equipe de design criou a roupa Swift Skin para patinação, utilizada em 2002 em Salt Lake City, e a roupa Swift Spin, com a qual Lance Armstrong e a equipe patrocinada pelo serviço de correio dos EUA pedalaram para a vitória na Volta da França de 2003. Para a aprovação da linha Swift Swim, a equipe testou mais de 120 protótipos durante 176 horas. Foram usadas técnicas para análise no desenvolvimento dos produtos em teste de hidrodinâmica e no túnel de vento. A roupa colada ao corpo previne o surgimento de bolsas de ar e água, o que poderia comprometer o desempenho do nadador. O ajuste ao corpo usa também a tecnologia Nike No Sew (sem costuras), o que minimiza a resistência da água. Os tecidos são soldados termicamente para melhor elasticidade e aerodinâmica. A Swift Swim não possui zípers, fechos ou cordões. Utiliza a Hydro Gasket, que é um material que estica e "sela" nos contornos do atleta, permitindo liberdade de movimentos, enquanto impede a entrada da água em áreas cruciais de ajuste ao corpo como pescoço, cavas e cintura. A Swift Suit foi a primeira roupa com essa tecnologia e entrou para história com a brilhante vitória da australiana Cathy Freeman nos 400 m rasos na Olimpíada de Sydney. A equipe de inovação investiu mais de seis anos no laboratório de pesquisas da empresa e uma nova versão para atletismo está sendo lançada, mais rápida, mais leve, mais respirável e com melhor ajuste ao corpo. As costuras foram posicionadas nas costas para melhorar a aerodinâmica e tecidos de diferentes texturas foram colocados em diferentes zonas do corpo de acordo com a necessidade de ventilação ou aquecimento e a velocidade pretendida. Na performance de alto rendimento, qualquer detalhe pode ser decisivo. No ciclismo, um décimo de segundo pode significar a vitória ou a quebra de um recorde mundial. Com a ajuda de Lance Armstrong e do campeão olímpico Leontien van Moorsel, a Nike criou uma nova roupa para provas de velocidade, batizada como Swift Spin. Os técnicos fizeram exaustivos testes no túnel de vento e comprovaram que a roupa de competição Swift Spin é mais rápida, mais leve e oferece maior respirabilidade. Ela oferece uma vantagem de 39 segundos numa prova cronometrada de 55 quilômetros comparada com a roupa utilizada no ano passado pela equipe patrocinada pelo serviço de correio dos EUA, que, na época, era a mais rápida do mundo. Colete gelado Outra grande novidade desenvolvida pela empresa é o colete de compressão Precool, que foi testado pela seleção australiana de hóquei sobre grama. O colete, que acomoda bolsas de gelo ao corpo, desacelera o aumento da temperatura corporal interna de um atleta em 19%. O resultado é uma redução no risco de superaquecimento, febres e insolação, permitindo que o atleta atinja um nível mais alto de desempenho durante a competição. Com o colete, o atleta tem a oportunidade de resfriar o corpo antes de uma atividade física de longa distância. Tirar o colete um pouco antes da largada dá ao corpo do atleta - e, assim, ao próprio competidor - uma vantagem inicial virtual. Segundo o estudo, apenas 25% da energia corporal total é direcionada ao acionamento dos músculos e 75% é usado para regular o calor. A elevação das temperaturas internas do corpo atrapalha seriamente o desempenho atlético e pode resultar em febres e insolação. Outros produtos especiais que ajudarão o desempenho dos atletas em Atenas poderão ser vistos no parque aquático. Para maior adesão à cabeça e garantir ajuste e conforto, a Nike desenhou também uma touca leve, maleável e com a parte externa em silicone. Dentro há um material mais rígido, que reduz significativamente a resistência na água causada por dobras e outras deformações na touca. Como a cabeça é a superfície que lidera o corpo na água, reduzir a resistência nessa área pode ter um efeito notável no desempenho geral do nadador. O recordista mundial dos 100 m nado livre, o holandês Pieter van den Hoogenband, ajudou também no desenvolvimento de óculos mais leve. O objetivo foi melhorar a eficiência do movimento do nadador na água, mantendo o conforto e visibilidade clara. Após testes e protótipos, surgiram os Óculos sem Tiras e o Interchange. Os Óculos sem Tiras é um par de lentes independentes que usam adesivos médicos para se fixarem sobre os olhos. Para o atleta que prefere óculos com tira e ponte sobre o nariz, há o Interchange, uma armação mínima na qual cada lente se encaixa. Testes na água confirmam que esses novos óculos reduzem a resistência e melhora o conforto. A Nike desenvolveu também óculos para oferecer precisão visual em alta velocidade - o V. Carbon Max. Com a tecnologia Max Lens da Nike, o produto oferece maior precisão e o design de lentes sem armação, "voadoras", eliminam a obstrução visual e reduzem o embaçamento, graças ao maior fluxo de ar através das mesmas. Além dos produtos para o uso de atletas de alto nível em Atenas, existem outros específicos para treinamento que serão lançados em breve para consumidores "comuns", como MP3, relógio, tênis, mochilas e peças de vestuário, todos inspirados na mesma identidade visual.
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