Com o avanço tecnológico e o mundo em rápida transformação, a transmissão das informações pode não ser tão eficiente quanto pensamos. Nesse contexto, muitos mitos são criados e alguns repercutem durante gerações. Confira abaixo cinco mitos clássicos e o que as pesquisas revelaram sobre eles: A radiação do micro-ondas dá câncer Inventado em 1947 e popularizado no Brasil no início da década de 1990, o forno de micro-ondas tornou-se um grande aliado na cozinha. Afinal, quando o assunto é praticidade e economia de tempo, o aparelho é a melhor opção, seja para aquecer uma refeição, fazer uma pipoca ou descongelar um alimento. Entretanto, foi criado o mito de que o aparelho causaria câncer devido à sua emissão de radiação. É correto afirmar que o aparelho emite radiações, mas, como o celular, a televisão e, até mesmo, o rádio, elas não são ionizantes, descartando qualquer ligação do aparelho com a doença e não existindo nenhum estudo científico comprovando a hipótese. Existem quatro gostos básicos do paladar humano Em um passado não tão distante, as aulas de ciências ensinavam que o paladar humano reconhecia quatro gostos: doce, salgado, azedo e amargo. Mas, desde o início dos anos 2000, temos um quinto gosto reconhecido pela sociedade científica. O umami (www.portalumami.com.br), quinto gosto básico do paladar, foi descoberto em 1908 pelo cientista japonês Kikunae Ikeda. Suas principais substâncias são o aminoácido glutamato e os nucleotídeos inosinato e guanilato, que estão presentes em diversos alimentos como tomate, queijos, cogumelos, carnes e, em sua forma industrializada, no glutamato monossódico. Mapa da língua Desde pequenos, temos contato com o mapa da língua e aprendemos que existem regiões específicas que identificam, de maneira independente, cada gosto. Este é um mito que começou no início do século XX com uma publicação do pesquisador alemão David Hänig. Mas, de acordo com o suplemento da revista britânica Nature, esse mapa não existe, já que a língua possui papilas gustativas, receptores que estão espalhados por sua superfície. Ou seja, doce, salgado, azedo, amargo e umami podem ser sentidos em qualquer região da língua. Adoçantes causam câncer O uso de edulcorantes, popularmente conhecidos como adoçantes, é autorizado em alimentos desde 1970. Desde então, o mercado se desenvolveu, o que possibilitou a melhoria da palatabilidade e o desenvolvimento de produtos reduzidos em calorias e/ou açúcar. Muitos acreditam que os adoçantes estão relacionados ao surgimento do câncer, o que é um mito. A ingestão de edulcorantes, seguindo a ingestão diária aceitável (IDA), determinada pelos órgãos globais, garante que o risco de intoxicação é zero. Todos os adoçantes a seguir são aprovados por diversos órgãos internacionais e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil: sorbitol, manitol, acessulfame de potássio, aspartame, advantame, ciclamato, isomaltitol, sacarina, sucralose, taumatina, glicosídios de esteviol, neotame, maltitol, lactitol, xilitol e eritritol. Glutamato monossódico causa enxaqueca Produzido pela primeira vez em 1909 e aliado na redução de sódio, o glutamato monossódico (MSG) foi muitas vezes relacionado à enxaqueca. Mas, após estudos e evidências científicas, a Sociedade Internacional de Dor de Cabeça, organização com aproximadamente 1300 profissionais da área da saúde, retirou o MSG da lista de substâncias que originam os sintomas da dor de cabeça, em sua lista publicada em 2018.
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