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23/02/2019 - 08h04
Jogos são como ginástica para o cérebro
 
 
Mais que diversão, no tabuleiro é possível aprender a interagir melhor, estimular o raciocínio lógico e atividades motoras

Uma pesquisa realizada pela SRI International, organização não governamental dedicada à pesquisa e desenvolvimento de inovação, comprovou que alunos aprendem até 23% mais quando o conteúdo está inserido em um jogo. Isso é comprovado na prática pelos alunos de Londrina que participam da atividade Super Cérebro, que acontece no contra turno do Colégio Marista (www.colegiosmaristas.com.br).

Quem participa exercita atividade motora, o raciocínio lógico, habilidades mentais, a criatividade, o trabalho em equipe e fortalece as relações interpessoais. E o melhor: tudo isso acontece brincando, com base em uma metodologia inovadora.

Apesar da crescente onda digital, jogos de tabuleiro ainda são fonte de diversão para todas as idades, explica o coordenador do Núcleo de Atividades Complementares do Colégio Marista Londrina, João Paulo Ferreira. “Crianças e jovens, em especial, têm muito a ganhar quando o assunto é aprendizado, pois descobrir caminhos para a resolução de problemas, lidar com conflitos, trabalhar valores, descobrir respostas diferentes das convencionais são apenas algumas das habilidades trabalhadas durante o jogo”. O Super Cérebro já faz parte da rotina de diversos colégios da Rede Marista e chega a Londrina em março.

A metodologia que utiliza jogos criativos chegou ao Brasil há pouco mais de uma década e tem revolucionado o processo de ensino-aprendizagem. Afinal, aprender brincando se torna muito mais interessante. “O Super Cérebro oferece oportunidades de aprendizado únicas e muito diferenciadas. Podemos usar essa técnica de diversas formas com alunos de diferentes faixas etárias, em conjunto com praticamente todas as disciplinas”, afirma Ferreira.

Com as crianças menores, podem ser trabalhados, por exemplo, textos curiosos sobre animais, trazendo-os para a realidade da criança. Nessa faixa etária, a linguagem é mais infantil e os projetos, mais coloridos. Por meio dos jogos, as crianças menores desenvolvem atividades motoras, mentais, valores, comunicam-se com o mundo. Para desenvolver a metodologia com adolescentes, as histórias trazem temas atuais como a poluição, polos da Terra ou uma viagem pelo oceano.

Uma das ferramentas da metodologia é o Soroban, instrumento de cálculo milenar que permite efetuar as quatro operações básicas de matemática, além de raiz quadrada e raiz cúbica. Com ele é possível desenvolver competências cognitivas do cérebro, entre elas: raciocínio lógico, cálculo mental, memória e concentração.

Há também dezenas de jogos de tabuleiro que desenvolvem o senso estratégico, o raciocínio tático, a cooperação e a socialização. Os participantes dos jogos pensam e agem de forma cooperativa desenvolvendo uma competição saudável. E os jogos criativos, que estimulam a visão espacial e a quebra de paradigmas para a sua solução. Esses jogos estimulam as inteligências interpessoal, intrapessoal, espacial, cinestésica e lógico-matemática.

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