Queijo de búfala apresenta proteína, gordura e lactose, características que refletem no sabor, além de trazem benefícios à saúde
Os laticínios de búfala que antes tinham comercialização restrita na região da Ilha do Marajó, no Pará, estão cada vez mais ocupando espaço nas prateleiras de supermercados do Brasil. Hoje, já é possível encontrar com facilidade leite, queijo, mussarela e outros derivados, que têm se destacado no mercado pelo sabor e qualidade, além dos benefícios que proporcionam à saúde geral do corpo. Estudos realizados pelo pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Agropecuária (Embrapa), o queijo de búfala, por exemplo, tem 48% de proteína e 59% de cálcio a mais que o queijo comum. Segundo a nutricionista, Luana Simões, esses componentes beneficiam na dieta, além de fortalecer os músculos, proteger os ossos e dentes. “O laticínio do leite de vaca tem 100 Kcal, oito gramas de gorduras totais, sete de proteínas e 189 miligramas de cálcio. Já o queijo de búfala conta com 90 Kcal, oito gramas de gorduras totais, cinco gramas de proteínas e 150 miligramas de cálcio”, explica a nutricionista. Ainda sobre o ponto de vista nutricional, pesquisas revelam que há presença de maiores quantidades de componentes proteicos na atividade biológica da matéria prima do queijo de búfala, como as imunoglobulinas, proteínas que tem a função de reconhecer, guardar e neutralizar antígenos e criar anticorpos específicos para vírus; as lactoferrinas, proteínas do soro do leite com ação multifuncional; as lisozimas, enzimas que fazem parte do mecanismo de defesa contra bactérias e com função digestiva; os lactoperoxidases, compostos com forte ação antibacteriana, além das bactérias bifidogêncicas, as quais suprimem a atividade de outras bactérias que são putrefativas, que podem formar produtos tóxicos. Além disso, outras propriedades nutricionais fazem com que o queijo de búfala seja mais aconselhável o consumo em relação ao da vaca, entre elas é a contribuição para a imunidade da glândula mamária, e elevados teores de gordura, lactose, proteínas, cálcio, ferro, fósforo e vitaminas A, C, B6 e E, e baixo teor de colesterol. Alergias - Pesquisas recentes apontam que o leite de búfala, não tem a beta-caseína A1, proteína ligada ao aparecimento de uma série de doenças, como inflamações intestinais, que também são responsáveis por desencadear as alergias ao consumir leite de vaca, uma vez que apresenta a beta-caseína A1 e A2. De acordo com o especialista em bubalinocultura, e detentor da marca Queijo do Marajó Tipo Creme da fazenda São Victor, Marcus Pinheiro, a búfala é mais resistente a doenças do que a vaca. “As búfalas são menos acometidas por medicação, portanto, produzem um leite mais saudável e sem toxinas, fatores que valorizam a matéria-prima em termos de proteínas e rendimentos”, explica. Marcus fala também, que além do alto valor nutricional, o leite de búfala tem uma produção rentável e econômica. “Com três litros de leite de búfala, se faz um quilo de queijo. Já com o leite de vaca precisaríamos, em média, de cinco a seis litros de leite”, exemplifica.
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