Exame permite descobrir sexo do bebê a partir da 8ª semana de gestação. Sexagem fetal é feita em amostra de sangue e apresenta 99% de precisão
O tradicional chá de bebê, realizado perto do sétimo mês de gestação, já ficou para trás, abrindo espaço para uma nova moda: o chá-revelação. Feito logo nos primeiros meses, o evento conta com buffet, decoração e lembrancinhas com referências de ambos os sexos, para dar as boas-vindas ao bebê. A prática já é conhecida, principalmente nos Estados Unidos, e vem ganhando cada vez mais adeptos no Brasil. Somente durante a festa é que os convidados e os pais ficam sabendo o sexo do bebê, que pode ser revelado com balões, sprays, fumaças e até no recheio do bolo. Essa mudança foi possível somente com evoluções da biologia molecular, que permitiu que um exame de maior precisão e rapidez fosse realizado para antecipar a descoberta do sexo do bebê: o de sexagem fetal. O gerente do DB Molecular (dbmolecular.com.br), Nelson Gaburo, comenta que, em média, são realizados no laboratório 3.500 exames desse tipo mensalmente, coletados por meio de amostra de sangue. “Enquanto o tradicional ultrassom mostra o sexo do bebê a partir do quarto mês de gestação e com precisão de aproximadamente 75%, o exame de sexagem fetal permite a revelação em apenas oito semanas e ainda apresenta 99% de confiabilidade”, explica Gaburo. O exame é realizado com base na detecção de fragmentos do cromossomo Y, exclusivos do sexo masculino. Se o resultado apontar a presença dessa fração no plasma da mãe, significa que a gestação é de um feto do sexo masculino. Caso seja detectada a ausência do cromossomo Y, indica que a gestação é de um feto do sexo feminino. “No entanto, vale ressaltar que esse tipo de exame não detecta alterações genéticas no feto. Outros diagnósticos são necessários para saber mais sobre a saúde da mãe e do bebê”, alerta o gerente. O prazo de liberação dos resultados, segundo Gaburo, é de aproximadamente quatro dias úteis.
|