Alexis de Tocqueville questiona: quem difundiu pelo mundo as ideias de liberdade e igualdade que hoje desacreditam e aniquilam a servidão? Quem propagou e dirigiu esse sentimento apaixonado pelo ser humano e que nos levou a ouvir os gritos dos escravos? Fomos nós, nós mesmos, conclui. O Terceiro Milênio, pensamos nós, não chegou para mostrar as diferenças e sentir a dor de ver pessoas saírem do anonimato para recair na brutalidade, na ignorância, no atraso, mas sim para propiciar a liberdade aos que dela estiveram privados e acima de tudo proporcionar-lhes sociedades civilizadas, laboriosas, ordeiras e cultas. Antigos textos sagrados da Índia nos trazem que o amor existente dentro do nosso coração é menor do que um grão de mostarda e, todavia, o Deus que está dentro deste mesmo coração é maior que a Terra, maior que o Céu, maior que todos os mundos. Essa é a nossa força e a grande quimera que depende apenas de encontrar sentimentos elevados, os nobres instintos que o Século XXI precisa saber despertar e desenvolver. São os mesmos nobres instintos que nos levou a realizar tudo que de grande e belo existe no mundo, e sem os quais - atrevo-me a dizer - nada seríamos. Este amor que existe dentro dos nossos corações será sempre mais sublime de quem quer que o defenda, pois é uma das ideias mestras do humanismo perene de todos os tempos. Alguns se sentem chamados a ser um ponto de valor, de significado e este deve ser participado a todos, é como se esses humanos fossem pontos de criação para muitos. Lindos sonhos norteiam a vida dos poetas! Em frente queridas amigas! Nota do Editor: Alice Schuch: doutora em gêneros, pesquisadora, palestrante e escritora sobre o universo feminino.
|