Como colocar em prática, sem sabotagem interna, os sonhos de se arriscar em uma nova carreira
Nos dias atuais, é muito comum encontrar profissionais frustrados com suas profissões. Sabe-se que, em todo trabalho e carreira, momentos chatos, de estresse e dificuldade acontecem - assim, a pergunta que fica é como é possível detectar que esses momentos, na verdade, são indicativos de que você pode estar escolhendo uma carreira não ideal? Para o terapeuta transpessoal João Gonsalves, essas situações demonstram um conflito interno, com sintomas que não aparecem quando se está em harmonia: “Quando eles estão presentes, é importante se observar e pesquisar o quanto está em paz consigo e com as pessoas mais próximas, pois esse é um fator decisivo para gerar harmonia ou conflito, e este é que vai trazer consigo a chatice, estresse e dificuldades”. Muitas vezes essas situações fazem com que o profissional questione suas escolhas e, até, procure algo novo - como voltar à graduação, se especializando em outra área de atuação -, mas, a maioria desses planos, formados ao se questionar, não são colocados em ação. Todo recomeço depende de conhecer o porque o passado não foi bem-sucedido, pois caso você não compreenda ou identifique os reais motivos, pode repetir os resultados negativos mesmo estando em outra área de atuação - seria uma sabotagem interna. João dá dicas à profissionais para que isso não aconteça: “Procure sentir, observar com sensibilidade dentro de si mesmo e perceba o que gera o incomodo, que é o fato gerador do fracasso. Dependendo da sensibilidade da pessoa, ela poderá entender. Porem, uma coisa pode ajudar muito: sentir gratidão pelo que fazia, mesmo que não tenha obtido sucesso, pois, ao sentir gratidão pelo que fazemos, abrimos caminho para ter satisfação e sucesso no que recomeçamos”. O terapeuta ainda enfatiza: “Qualquer idade é boa para recomeçar”. Um fator importante, listado por João Gonsalves, para tomar decisões como estas é se livrar dos julgamentos de certo ou errado. De acordo com ele, o julgamento é a origem do sofrimento, pois, ao julgar, estamos criando ou aceitando regras que determinam quem merece ou não a aprovação, sendo os reprovados, nesse seguimento de ideia, merecedores de punições primeiramente internas - a auto reprovação é algo presente na sociedade contemporânea. “Se eliminarmos o julgamento e aceitarmos que tudo é experiência ao invés de classificarmos como certo ou errado, eliminaremos a reprovação aos outros e também a nós. Com isso, estaremos nos libertando de sofrimentos, estimulando uma vida melhor - enfatiza João -, muito melhor”.
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