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07/08/2018 - 07h15
Ikigai: o sentido e as dimensões da vida
 
 

Nascida em 1921, Betty Friedan abordou a inquietação feminina que ocorria no século XX. Escreve a autora: “quando a mulher fazia as camas, as compras, comia sanduíches de amendoim com seus filhos e se deitava junto ao seu marido às noites, lhe dava medo fazer, inclusive fazer a si mesma, a pergunta nunca pronunciada: Isso é tudo?”.

Pontua a pesquisadora Betty Friedan que as mulheres de então sentiam um desconforto anônimo e costumavam referir-se a ele, verbalizando sentir-se vazia, incompleta, faltar algo e, não sabendo como resolver a indecifrável situação, recorriam muitas vezes à tranquilizantes.

A pesquisadora e doutora em gêneros, Alice Schuch, observa que o que foi acima referido pode ser relacionado com a teoria geral da motivação enunciada por Maslow, em particular, a teoria da satisfação de necessidades, que segundo o autor constitui o mais importante princípio para o desenvolvimento humano sadio, qual seja, a tendência para o surgimento de uma nova e mais elevada necessidade quando, ao ser suficientemente satisfeita, a necessidade inferior é preenchida.

“Retomando o tema motivação, reportamos nossa visita aos pensadores japoneses, país onde existe a crença de que a longevidade e a saúde estão diretamente relacionados à alegria de se estar realizando aquilo que se ama. Trazemos então a etimologia do termo Ikigai: ikiru, viver, e kai, a realização do que se deseja. Esse conceito pode nos ajudar na busca daquilo que dá sentido à nossa vida. Segundo ele, quando com igual feedback você responder as quatro perguntas que seguem, você está a caminho do seu ikigai: o que você ama? O que você é bom em fazer? O que você pode ser pago para fazer? O que você faz que é bom para o mundo?”, mostra Alice Schuch.

A busca do autoconhecimento preconizada pelo método Ikigai se baseia na junção de quatro dimensões da nossa vida: a paixão, a vocação, a profissão e a missão.

“Em pleno século XXI, tempo do Neofeminino, sabemos que aquela situação pode ser boa, mas não é tudo. Cada uma de nós possui o próprio Ikigai e é hora de encontrar o seu. Pense com carinho e responda: qual é o meu ikigai?”, conclui Alice.

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