Existem cuidados que podem ser tomados para evitar a disseminação de fake news
Basta uma imagem e um texto com informações aparentemente confiáveis nas redes sociais para surgir a chamada fake news, termo em inglês que significa notícia falsa. No Brasil, tornou-se comum receber boatos através das redes sociais ou de grupos em aplicativos de mensagem, e disseminá-las sem checar sua veracidade. “A mente humana é levada a decodificar as informações que recebe de acordo com as experiências que a pessoa já viveu. Além disso, tem a questão do senso crítico, que é mais apurada em quem costuma estar atento ao mundo ao seu redor”, explica a psicóloga Celiane Chagas, do Hapvida Saúde. Embora as fake news estejam em evidência e sendo até mesmo, tema de debates e discussões, não são uma novidade na sociedade. Antes da explosão da internet e das redes sociais, as histórias inventadas e repassadas para amigos, familiares e colegas de trabalho sempre existiram, só que em níveis menos perceptíveis e com potenciais de impacto menos avassaladores. “Dependendo do grau de ingenuidade ou desconhecimento, uma pessoa torna-se facilmente consumidora e reprodutora de boatos”, comenta a especialista. Com o mundo cada vez mais conectado, qualquer pessoa pode, apenas com um clique, produzir e compartilhar diversos conteúdos. Neste cenário, surgem muitas preocupações com a informação de qualidade, que é baseada em princípios éticos e divulga o relato de fatos reais, sem exageros ou sensacionalismos. No entanto, existem formas simples de desvendar a veracidade desses compartilhamentos, como, por exemplo: nunca disseminar notícias sem antes ler, pesquisar a reputação do veículo que publicou a informação, verificar se a data da publicação é atual e fazer uma busca na internet para confirmar se o assunto foi publicado por outras fontes. A psicóloga Celiane Chagas revela que as notícias falsas e alarmantes causam tensão e confusão, além de problemas individuais e coletivos: “O ideal seria checar uma informação antes de repassá-la, mas, na pressa, muita gente acaba reproduzindo todo tipo de conteúdo. Não são poucos os relatos, em consultório, de pacientes que sofrem com sentimento de culpa, assim como também se observa muita gente que teme o julgamento social e, por isso, vive em função de como vai aparecer, seja nas redes sociais ou na vida real”.
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