Cada vez mais precoce em mulheres
Se para os homens o processo de ficar careca incomoda, o que dizer nas mulheres? Sim, infelizmente a alopecia (calvície) aparece também nas mulheres. Mas será que é possível curar ou reverter o processo de perda de cabelos? Esse é um dos estudos da Tricologia, ramo da ciência que estuda cabelos, pelos e os problemas relacionados a eles. Esta área recebe cada vez mais atenção de profissionais ligados à saúde e estética. Segundo Monalisy Rodrigues, médica dermatologista especialista em Tricologia, atualmente as mulheres têm uma vida mais corrida, se alimentam mal, estão mais estressadas e para facilitar o dia a dia aderem à vários procedimentos como a escova progressiva, o alisamento, além de fazerem mechas e mudar a cor dos cabelos, até bem antes de aparecerem os cabelos brancos. “Cuidar do cabelo faz parte da rotina da grande maioria das mulheres. Afinal, os fios funcionam como uma moldura para o rosto. É por isso que costuma surgir um desespero quando eles começam a cair em grande quantidade, gerando a chamada alopécia, ou, mais popularmente conhecida como calvície feminina”, explica. De acordo com a Sociedade Brasileira do Cabelo (SBC), 50% das mulheres têm alguma queixa relacionada à queda dos fios, e a calvície atinge 5% da população feminina. Atualmente, elas representam 15% das cirurgias de transplante capilar e 40% dos tratamentos dermatológicos relacionados ao couro cabeludo. A queixa de relatos sobre a queda de cabelos, nos consultórios dermatológicos, está entre as dez relatadas com mais frequência por pacientes com idades entre 15 e 39 anos. Os casos de alopecia androgenética feminina vêm aumentando à medida que as condições da vida moderna expõem as mulheres a maior carga de estresse, tensão e ansiedade. São considerados outros fatores de risco, o excesso de produtos químicos utilizados nas tinturas, alisamentos e permanentes, rabos de cavalo ou tranças muito apertados e a carência de nutrientes e vitaminas provocada por dietas restritivas para emagrecer. Monalisy Rodrigues, enfatiza que o primeiro passo é procurar um especialista, que fará a tricoscopia – exame que avalia com ajuda de aparelhos, o couro cabeludo e o aspecto dos fios – para um diagnóstico correto e a definição de um tratamento direcionado a cada caso. Quando o tratamento é iniciado precocemente, aumentam-se as chances de um melhor resultado. “Os tratamentos variam de acordo com cada situação e serão administrados muitas vezes com ajuda de soluções capilares e shampoo para ser usado em casa, aumentando assim a eficiência dos resultados. Após a tricoscopia digital para a análise do couro cabeludo poderão ser realizados tratamentos com LED (Fototerapia), Intradermoterapia Capilar (tratamentos injetáveis) ou microagulhamento para potencializar os resultados, dependendo de cada caso”, diz.
|