Muitas de nós vivenciou uma infância difícil, mas a superou desenvolvendo um profundo respeito e um grande amor por aquilo que podia ser, pelo valor de viver e poder fazer. Estas tiveram êxito e se tornaram sorrisos da vida. O mundo feminino não é de fácil compreensão, tantas vezes somos vistas como santas ou mártires, mas na realidade precisaríamos rever e compreender alguns conceitos. A obra A Feminilidade como Sexo, Poder e Graça, nos oportuniza visionar a excelência da mulher ao lado do homem sobre este planeta. Muitas pessoas dotadas de dons especiais, não os sabem administrar e desenvolvem uma permanente incoerência: de um lado aquele dom e do outro aquele que o desperdiça em uma vida onde o êxito não é buscado. É propriamente esta instabilidade que leva a angústia, isto é, a ambivalência na gestão do dom, a contradição entre o privilégio e o desperdício, até o ponto que fisicamente, como observamos em alguns artistas que tanto admiramos, aquele dom que não foi amado e desenvolvido, se vai. O maior retorno que o dom nos propicia consiste em protagonizá-lo e em segundo lugar em desfrutar dos benefícios que produz. Vivenciar o intransferível protagonismo é reconhecer os próprios dons e colocá-los em marcha, é abrir-se às transformações que proporciona a luta pela vida quando se assume o papel principal e não de simples expectador. A importância do êxito reside no enriquecimento que gera a colocação em marcha dos mecanismos psíquicos para persegui-lo, conclui Clara Coria em sua obra Los laberintos del exito. A palavra êxito nos lembra sucesso, magnitude, perfeição, resultado satisfatório e feliz. Alguns afirmam ainda que persistir é caminhar na busca dos sorrisos da vida. Nota do Editor: Alice Schuch é escritora, palestrante e pesquisadora do universo feminino.
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