A mulher madura feliz – aquela com mais de cinquenta anos – vive a “fase da sobremesa”, conforme analogia da pesquisadora Alice Schuch para ilustrar o prazer experimentado neste momento da vida que é única. Os caminhos percorridos levam à melhoria contínua. “Em cada nova jornada, importa eleger a estrada daquilo que é auto realização ordenada de si mesmo, ao ponto de dizer: sou assim e estou contente de ser, porque me quero assim, sei aonde vou e porque estou fazendo isto”, ensina a especialista, também palestrante e escritora do universo feminino. “Homens e mulheres devem reter a alma no cárcere do corpo e não partir desta vida humana sem a permissão daquele que a deu a nós, para que não pareça que estamos nos subtraindo à missão e à tarefa prescrita pelo Criador”, ressalta Alice ao lembrar da obra De senectute, de Cícero (106 e 43 a.C.), aonde ele pontua em seus diálogos sobre a idade madura. Ao conduzir as orientações de Cícero, Alice Schuch ressalta que a obra divina está na realização pessoal. Às mulheres do Século XXI, seria minimizar a importância de falar ou impor-se. “A realização pessoal é uma simples presença interior, atingida pela consciência clara de que sou eu quem quer, determina e escolhe a minha ação”, explica. Na visão de Alice, a condição humana requer o poder de agir, merece o escopo da vida em amável harmonia com o ambiente em que está inserida, com capacidade criativa a desenvolver e conduzir a própria existência com personalidade e auto realização constante.
|