Alice Schuch explica “fase sobremesa” da vida
A especialista do comportamento feminino, Alice Schuch, defende que na maturidade experimenta-se as melhores condições da vida. “Mais do que na adolescência, porque o que o jovem ainda espera conseguir, já conseguimos”. Ela segue: “assim como no teatro ocorre um último ato, assim na maturidade, ato da vida no qual se faz a colheita, de forma alguma pode-se fracassar. Nascemos da vida e para a vida, inicialmente belos, bons, puros, não perder essa condição é necessário”. Pitágoras proibia que alguém abandonasse o posto em que a vida o colocou. A maturidade, percebida por Alice Schuch como a “fase sobremesa”, é o corolário das ações vividas. Daí advém que as pessoas mais velhas muitas vezes são mais cordiais e mais animadas do que as pessoas jovens. Questionada sobre o que deixa a mulher e o homem tão fortes, Alice responde: “a velhice”. A fruta madura sente-se plena, é doce, natural sobremesa. “Tudo o que existe na grande vida é belo, depende apenas das pessoas”, explica. “Logo, não importa quem seja o dirigente, o valor está na harmonia do movimento, no seu sincronismo, na sua intencionalidade. Na positividade da ação encontra-se vida, beleza, alegre caminhar”, diz a pesquisadora. O belo e o prazer fazem exaltação do ser, portanto, a idade madura é entendida pela pesquisadora como aquela situação de elevado equilíbrio, porta paz e satisfação a todas as percepções: a “fase sobremesa” é prevista, é uma necessidade intrínseca ao ato de existir. “Quanto a mim, esta maturidade cada vez me agrada mais e mais..., quanto mais avanço nos anos, mais tenho a impressão de ´terra à vista´, de vislumbrar o porto onde me aguardam suculentas romãs depois de longa e árdua navegação”, ilustra. No olhar compartilhado por Alice Schuch ao seu público e leitores, assim a vida vira pluma, festa, doce e serena alegria, inefável criatura, lábios de mel, olhos de luz... Doce momento de amor vivido.
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