Nada pior do que entrar debaixo do chuveiro e sentir a água gelada em pleno inverno. Para evitar essa situação, as pessoas devem ficar atentas a três itens: a potência do chuveiro, a vazão de água e a rede elétrica.

O professor do Centro de Capacitação em Eletricidade – CCE, da Loja Elétrica, João Carlos Lima, explica que, na hora de adquirir um chuveiro, o cliente normalmente escolhe o que possui maior potência em Watts, o que nem sempre é uma boa opção. “Os chuveiros de maior potência esquentam mais, porém a rede elétrica da casa deve comportar essa potência. Caso contrário, a tensão – popularmente conhecida como voltagem – diminuirá e a água sairá mais fria”, esclarece.

Uma dica para saber se o chuveiro está exigindo muito da rede é observar se, na hora em que ele é ligado, as luzes da residência enfraquecem. Nesse caso, a melhor saída é adaptar a instalação elétrica para 220V ou comprar um chuveiro de menor potência.

No entanto, a potência do chuveiro não é a única responsável pela variação na rede elétrica. O consumo de energia nas indústrias, na iluminação pública e residencial no horário de pico, também pode provocar uma queda de tensão. Dessa forma, deve–se evitar o uso do chuveiro entre 17h00 e 20h30.

A quantidade de água que sai do chuveiro é outro fator que contribui para um banho na temperatura certa. De acordo com João Carlos, dentro do chuveiro existe uma resistência, que ao ser ligada, começa a se aquecer. Quando a água passa por ela, há uma transferência de calor da resistência para a água. Isso significa que quanto menor a vazão maior será a temperatura.

Mas atenção, todo chuveiro precisa de uma pressão mínima de água para funcionar bem. Se o aparelho receber um volume pequeno de água, ele provavelmente queimará. Para saber qual é a pressão indicada, basta consultar a embalagem do produto, que além dessa informação, indica: a capacidade do chuveiro de elevar a temperatura da água na potência mínima e máxima do aparelho; o consumo de água; o consumo médio mensal de energia elétrica e se o chuveiro foi elaborado de acordo com os parâmetros definidos pelo Inmetro.

Chuveiro ideal

Para o professor, o chuveiro mais indicado é o eletrônico. A diferença desse modelo com o tradicional é que ele traz um dispositivo rotativo, que pode ser um botão ou uma haste. Ao girá–lo é possível fazer uma seleção gradual e precisa da temperatura. “É como se a pessoa estivesse controlando o volume de um aparelho de som”, conta.

Economia de energia

Segundo João Carlos, o que determina o consumo é a quantidade de KW/h usada, ou seja, para reduzir a conta de luz no final do mês, só há uma maneira: gastar menos energia.

Algumas dicas são:

• Diminuir o tempo do banho;

• Fechar a torneira enquanto estiver se ensaboando;

• Evitar o horário de pico;

• Verificar se as instalações elétricas suportam a potência do seu chuveiro, pois isso pode sobrecarregar a rede e gerar um gasto maior de energia.