Pneumonia é comum e índice de mortalidade é até 40% maior
A população de idosos no Brasil dobrou nas duas últimas décadas e o número não deve parar de aumentar. De acordo com as estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é possível que o país ultrapasse a marca dos 34 milhões, nos próximos 20 anos, sendo o sexto país em número de pessoas com mais de 60 anos até 2025. Essa nova realidade demonstra a necessidade preocupação com a saúde dessa faixa etária, já que o envelhecimento e estilo de vida não adequados fragilizam o indivíduo e podem acarretar fraqueza muscular, perda de massa, diminuição da força. De acordo com a médica geriatra, Maisa Kairalla, a chamada Síndrome da Fragilidade atinge cerca de 30% dos idosos do mundo; é mais comum em homens; e pode ter início após um evento infeccioso, por exemplo, causando doenças mais graves, como a pneumonia. A geriatra conta que a pneumonia é muito recorrente no envelhecimento e a mais comum é a Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC). Dentre os sintomas estão tosse, secreção pulmonar e aumento da frequência respiratória. “A cada 20 idosos com idade superior a 80 anos, teremos ao menos um evento de pneumonia adquirida na comunidade ao ano”. Kairalla explica que quanto mais a idade, maior será prevalência da enfermidade. “A pneumonia é muito mais comum em idosos frágeis e a mortalidade destes indivíduos é até 40% maior”, enfatiza. O caso mais recente divulgado, foi o do cantor Cauby Peixoto, que faleceu aos 85 anos por conta de complicações causadas pela doença, transmitida pelo ar e que pode ser confundida com o cansaço, por exemplo. Ao ser questionada sobre prevenção, a médica destaca a vacinação para aqueles que tiverem mais que 60 anos, uma boa alimentação, além da importância do geriatra. “O papel do geriatra é muito importante porque, além de realizar o diagnóstico mais precoce, ele também tem a capacidade de cuidar deste idoso amenizando o declínio funcional que é extremamente comum após um evento de pneumonia”, conclui.
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