Ao lidar com o medo de seu filho é preciso ter coerência e uma dose de imaginação. O medo é uma reação normal quando a pessoa se encontra em alguma situação que pode tornar-se ameaçadora. O suor, o aumento do ritmo cardíaco e respiratório ou até mesmo uma tensão muscular, tudo faz parte quando existe um perigo real. O medo, então, é um sentimento natural, que serve como um alerta de que há algo ameaçador e evita que o ser humano corra riscos desnecessários. Porém, é importante aprender a lidar com o medo para ele não se tornar um grande problema no futuro. E os pais têm papel fundamental na hora de ensinar seus filhos a administrar este sentimento que às vezes é real, às vezes imaginário. A psicóloga e mãe Juliana Martins explica que as crianças sentem os mais variados tipos de medos. Elas chamam a atenção dos adultos de diversas formas, chorando, gritando, entre outros tipos de reações. E ela espera que o adulto tome frente e a ajude resolver uma situação diante de um possível perigo. Dessa forma, a especialista comenta que os comportamentos dos adultos são muito importantes para as crianças, já que eles são os modelos a serem seguidos. “Saber lidar com isso pode ser difícil. Por isso, o ideal é sempre respeitar e apoiar o medo da criança, tratando com seriedade e até mesmo com uma dose de imaginação. É essencial que os pais prestem atenção em seus filhos, aprendam a ouvi-los e criem um diálogo franco e aberto com eles”, conta. Juliana diz que uma boa estratégia é compartilhar seus próprios medos quando era criança. “Dar o próprio exemplo pode ser uma boa solução, pois mostra aos pequenos que sentir medo é normal. Essa conversa com carinho e compreensão passa confiança e ajuda a criança a encarar esses obstáculos”, afirma. Criatividade Além do afeto, outra estratégia que pode ser utilizada é a criatividade. Segundo Juliana, é por meio dela que é possível criar histórias em que heróis vencem os monstros, servindo de antídoto para os pequenos. “Ao lidar com o medo de seu filho é preciso ter coerência e uma dose de imaginação. Não se pode dizer à criança que monstros não existem, e, num outro momento, ameaçá-lo que o ‘bicho papão vem te pegar se você não comer’, por exemplo. Ler alguns contos que já existem também pode ser válido”, afirma. Enfrentar essas situações de maneira criativa e lúdica pode ser a melhor maneira de educar a criança, ao invés de subestimar e desmerecer os medos infantis. “Hoje já existem algumas invenções que podem ajudar nessas horas, como é o caso do Repelente de Monstros (www.bbdu.com.br). Ele é um spray com água e purpurina. Mas como isso funciona, você deve estar se perguntando. É muito simples”, comenta a psicóloga, os pais junto com a criança devem “encantar” o pó mágico (purpurina), e ao final do feitiço misturar o pó à água para torná-la com super poderes de afastar todos os monstros. Pronto! Aí basta espalhar a poção pela casa e os monstros não conseguirão se aproximar, explica Juliana, é uma espécie de combater a fantasia “do mal” com a fantasia “do bem”. “Estabeleça uma relação de confiança com os pequenos, converse, enfrente este medo junto com eles, seja sempre um exemplo de boa educação, respire fundo e tenha muita paciência e compreensão. Os medos dos monstros, do escuro e de trovões vão passar e dar espaço a novos medos. Afinal, assim se aprende a lidar com as mais variadas situações que irão surgir em nosso futuro. Desta forma aprendemos a viver, enfrentando nossos medos e seguindo em frente”, conclui Juliana.
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