O mercado de produtos de beleza e higiene pessoal passou por uma grande transformação ao longo dos anos. Hoje, podemos dizer que os consumidores desse setor são mais preocupados com a origem dos produtos e, por isso, estão atentos não somente aos benefícios proporcionados, mas também aos ingredientes utilizados na formulação. A pesquisa Barômetro da Biodiversidade 2014, feita pela União para o Biocomércio Ético (UEBT), comprova isso: 87% das pessoas esperam que as empresas respeitem a biodiversidade; e 77% delas querem saber a origem dos ingredientes utilizados na produção. Realizado com 38 mil pessoas em 13 países, o levantamento aponta ainda que 96% dos brasileiros aparecem como os que mais compram cosméticos feitos a partir de ingredientes naturais. Esse comportamento do mercado é o que está ajudando a transformar as indústrias cosméticas, que cada vez mais investem em inovação e pesquisa para aprimorar os ingredientes e oferecer produtos de alta performance. Para isso, apostam em soluções livres de matérias-primas sintéticas, derivadas de petróleo (como silicone e óleos minerais) ou de organismos geneticamente modificados (GMO free). Sem contar que utilizam insumos naturais obtidos por meio da agricultura orgânica, iniciativa que estimula o desenvolvimento socioeconômico, o respeito à biodiversidade e investe na utilização consciente dos recursos naturais. Como resultado desse trabalho, já encontramos opções naturais de conservantes, emulsificantes, emolientes, antioxidantes e clareadores, que, por serem livres de compostos químicos, não oferecem riscos à saúde. Um exemplo são os substitutos naturais dos parabenos, ingrediente utilizado como conservante na formulação de xampus, cremes hidratantes, sabonetes, desodorantes, entre outros produtos. A opção natural garante uma preservação segura, eficaz e econômica, diferentemente do sintético, cuja aplicação está associada ao surgimento de alergias e do envelhecimento precoce da pele. Existem também pesquisadores que apontam a substância como uma possível responsável pelo aumento da pré-disposição ao câncer, no entanto o tema ainda está em estudo. Outro ingrediente natural que ganha destaque nesse sentido é o óleo de pracaxi, originário da região amazônica. O insumo possui propriedades capazes de auxiliar na redução da síntese de melanina, o que garante a diminuição da aparência de manchas, uniformiza a tonalidade e restaura a luminosidade original da pele. Seus benefícios fazem com que ele seja considerado um substituto natural do alfa-arbutin, ativo amplamente usado pela indústria e que pode apresentar efeitos colaterais indesejados, como sensibilização da pele, vermelhidão, intolerância à exposição solar, coceiras, desidratação e descamação. Além do mais, o ingrediente natural possui também benefícios anti-idade, pois estimula a produção de ácido hialurônico, polissacarídeo natural presente na pele humana com alta capacidade de retenção de água, conferindo elasticidade e viço à pele. Com a evolução do mercado e o investimento contínuo em novas formulações, a tendência é que tenhamos cada vez mais opções naturais e orgânicas à disposição dos consumidores. Esse é um trabalho que garantirá produtos da mais alta performance e seguros. Afinal, a beleza, a saúde e o bem-estar devem caminhar juntos. Nota do Editor: Juliana Frutuoso é Gerente de Negócios da Beraca, empresa da Holding Sabará Participações especializada no desenvolvimento de tecnologias, soluções e matérias-primas de alta performance para as indústrias de cosméticos, produtos farmacêuticos e cuidados pessoais. A empresa é considerada uma das principais fornecedoras de ingredientes naturais e orgânicos provenientes da Amazônia e de outros biomas brasileiros.
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