O estresse causado pelas preocupações do dia a dia atinge muita gente, principalmente as pessoas que residem em grandes cidades. O acúmulo de responsabilidades, compromissos e os problemas, que vão do âmbito profissional às questões pessoais, faz vítimas cada vez mais jovens e com uma frequência cada vez maior. Não é raro que essas preocupações se agravem. “A rotina intensa e extremamente exaustiva é capaz de transformar pequenas situações em uma avalanche de problemas que tomam proporções inesperadas e provocam sérios prejuízos à saúde e a qualidade de vida”, analisa Sulivan França, presidente da Sociedade Latino Americana de Coaching (SLAC). A principal conclusão de uma pesquisa internacional por amostragem social no Reino Unido, divulgada recentemente no site do jornal Daily Mail, mostrou que as preocupações do cotidiano comprometem quase cinco anos da vida de um ser humano adulto. O estudo foi conduzido com duas mil pessoas e mostrou que um britânico, por exemplo, se preocupa por quase duas horas todos os dias. Numa breve análise é possível perceber, portanto, que uma pessoa pode perder aproximadamente metade de um dia inteiro, em apenas uma semana, se preocupando muito. De acordo com o estudo, entre as maiores inquietações que afligem os indivíduos analisados estão o trabalho, os problemas financeiros e as doenças que possam acometer entes queridos. A pesquisa também apontou que 84% dos entrevistados afirmaram que já perderam o sono por causa das preocupações, enquanto 60% disseram sofrer de algum problema de saúde em consequência delas. Todos os participantes admitiram que as aflições já provocaram discussões com familiares, amigos e namorados e até mesmo já colocaram fim a relações. Para Sulivan França, quando as preocupações chegam ao ponto de interferir no relacionamento interpessoal é porque já passou da hora de procurar ajuda. “Problemas sempre vão surgir. Não há como fugir deles. Tenho problemas, logo existo. Essa é a verdade. É muito complexo lidar com eles. É assim para todo mundo. Mas é necessário encontrar uma forma de não deixar o problema virar preocupação de vida, para a vida”, aconselha o especialista em comportamento. “Até os maiores imbróglios podem se tornar oportunidades. É inato do ser humano, aliás, evoluir a partir das grandes adversidades. Se trabalhadas de forma correta, as preocupações podem até ser propositivas”, afirma. Nota do Editor: Sulivan França, presidente da SLAC Coaching.
|