Consumidor deve optar pelo produto que produz maior quantidade de luz, não que possui maior potência em Watts
Depois que as lâmpadas incandescentes reinaram absolutas por quase 150 anos no mercado mundial, o consumidor acostumou-se a escolher uma lâmpada pela potência (Watt), apesar de a tecnologia ter dado um salto incrível nos últimos anos, com o surgimento das fluorescentes compactas e, mais recentemente, com o advento do LED. Mas porque ainda fazemos isso? A resposta a esta pergunta é simples, na opinião do engenheiro elétrico Rubens Rosado, assessor técnico da ABILUMI – Associação Brasileira de Importadores de Produtos de Iluminação (www.abilumi.org.br): “pura comodidade, pois mudanças culturais exigem esforço”. Segundo ele, há outros critérios importantes a serem considerados que os próprios fabricantes ainda resistem em ressaltar nas embalagens, temendo que o consumidor se confunda na hora da aquisição. “Na maioria das lâmpadas, encontramos em destaque a potência da lâmpada, em Watt. Sem dúvida é um dado importante, pois é daí que saberemos o quanto de energia será consumida. Mas, tão importante quanto a energia consumida é a ‘quantidade de luz produzida por uma determinada lâmpada’ ou como também é conhecido o ‘fluxo luminoso’, sempre representado em lúmen ou lm, que, pelos regulamentos aprovados pelo Inmetro, são obrigatoriamente expostos nas embalagens.” Como o processo de certificação das lâmpadas LED ainda está em curso no Brasil, para o especialista da ABILUMI esses aspectos, ignorados pela maioria dos consumidores, são os que muitas vezes justificam o fato de uma determinada lâmpada ter um valor mais alto do que a sua vizinha nas prateleiras das lojas. “Um critério que deve ser sempre considerado é o rendimento, ou tecnicamente falando, a eficiência da lâmpada, medida em lúmens / Watt”, explica. “Podemos ter modelos de lâmpadas LED de 10 W, por exemplo, porém com fluxos luminosos diferentes. Assim, estas lâmpadas terão eficiências lúmen / Watt também distintos. Por isso é importante que o consumidor saiba que esta diferença na quantidade de luz pode justificar uma lâmpada custar um pouco mais do que outra”, exemplifica o engenheiro. Para o especialista, é essencial disseminar o conceito de fluxo luminoso entre os consumidores. “Sem que haja essa mudança cultural, todo o desenvolvimento tecnológico aplicado nas lâmpadas LED não fará sentido para o consumidor, que vai continuar comprando lâmpadas baseando-se na potência consumida, achando simplesmente que as de maior potência iluminam mais do que as de menor potência.” Mesmo com o processo de certificação de lâmpadas LED ainda em andamento, as empresas associadas à Abilumi que oferecem o produto trazem o selo da entidade, garantindo aos consumidores uma lâmpada LED de qualidade, que dura e ilumina exatamente como informado nas embalagens.
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