Leandro Guilheiro e Luiz Camilo voltam ao tatame às 10h desta sexta-feira, 7/5, no Projeto Futuro - Ibirapuera - SP, para decidir a vaga no peso leve para os Jogos Olímpicos de Atenas. Guilheiro, campeão mundial júnior de 2002, lidera a série melhor-de-três da Seletiva Olímpica sobre Camilo, campeão dos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo. Nesta sexta, os judocas disputam até três lutas. Quem vencer duas primeiro marca um ponto na série. Se Guilheiro ganhar, será o titular da seleção brasileira. Um vitória de Camilo leva o desempate para o dia 21/5.

A categoria leve (até 73 kg) é a única que ainda não tem seu titular da equipe olímpica permanente conhecido, já que o confronto entre Guilheiro e Camilo foi adiado em duas oportunidades. Na primeira vez, pouco antes da segunda Seletiva Olímpica, em Ipatinga, MG, em 13/3, Camilo lesionou-se e a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) considerou por bem transferir a luta para 4/4, em Teresópolis, RJ. Nesta nova data, momentos antes da pesagem, Camilo apresentou uma liminar determinando a suspensão do combate até pelo menos dia 20 de abril, pois ainda não se encontrava em plenas condições físicas.

"Eu sempre quis lutar, estava pronto para competir a qualquer momento", afirma Guilheiro. "O mais difícil nesse período foi a indefinição. Agora só por saber que vou lutar na sexta-feira já tenho mais tranqüilidade. Estou treinando forte e nunca deixei de acreditar que iria para as Olimpíadas. O que tiver de acontecer, vai acontecer", continua o judoca santista, que defende as cores do São Paulo / Academia Rogério Sampaio.

"Estou pronto", resume Chicão, que submeteu-se à forte rotina de fisioterapia nas últimas semanas. "Quando perdi a primeira seletiva não falei nada, pois o Leandro mereceu vencer. Depois, com minha contusão, briguei para ter a oportunidade de entrar no tatame em igualdade de condições. Também sonho em ir para as Olimpíadas e tudo o que fiz foi não deixar que esse sonho morresse", conclui o atleta, que defende as cores do Imes / São Caetano.

O presidente da CBJ, Paulo Wanderley, comentou o fato de a luta ter saído dos tribunais e voltado aos tatames:

"O São Caetano pediu nova data, o São Paulo concordou. E por conta do entendimento e anuência das partes interessadas pudemos, enfim, remarcar a seletiva. Para o judô foi melhor, pois prevalece a legitimidade do resultado no âmbito esportivo", diz o dirigente.