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13/04/2005 - 12h21
Pacientes têm medo da anestesia pré-cirúrgica
 
 

Segundo o Dr Zemilson Bastos, anestesista da Rede D’Or, é necessário desmistificar a idéia de que a anestesia é um procedimento de risco não calculado. Segurança depende de uma série de fatores, sendo o principal a formação do médico anestesiologista.

Mesmo com todos os recursos e avanços da medicina, a anestesia ainda é um tabu para muita gente. Seja para fazer um procedimento cirúrgico necessário em um tratamento ou em uma situação de emergência, seja para entrar no bisturi para fazer uma cirurgia estética, as pessoas temem pelo que lhes pode acontecer ao serem anestesiadas. Mas, na opinião de especialistas da área, o medo é infundado. "Com os métodos existentes de manutenção da vida, diagnósticos precisos do quadro do paciente antes da cirurgia e tratamentos corretos de quaisquer complicações que possam ocorrer, o procedimento anestésico é bem seguro", diz o Dr Zemilson Bastos, anestesista da Rede D’Or.

A taxa de mortalidade referente à anestesia é mínima: em torno de 0,095%. "As complicações em anestesia regional, como peridural e raqueanestesia, também são raras, ocorrendo em cerca de 0,1% dos casos", afirma o Dr Zemilson. Segundo o especialista, que também coordena o grupo de estudos sobre dor da Rede D’Or de Hospitais, já foram realizados vários estudos enfocando o medo e a ansiedade dos pacientes no pré-operatório. Em um grupo de 100 pacientes avaliados, 72 demonstraram medo explícito da anestesia, sendo que 50,5% admitiram ter medo de sentir dor e, surpreendentemente, apenas 6% relataram medo de morrer.

Reação alérgica - Outro temor comum entre as pessoas é a possibilidade de reação alérgica durante a anestesia, principalmente os choques anafiláticos. Durante as avaliações que são feitas antes das cirurgias, por volta de 15% a 20% dos pacientes dizem ser alérgicos. "Nestes casos em particular, deve-se fazer uma pesquisa acerca daquilo que o paciente chama de alergia, procurando-se saber a que ele de fato é alérgico", diz. O objetivo é evitar medicamentos ou produtos sabidamente alergênicos e tomar todas as devidas precauções.

Nos últimos anos, de acordo com o Dr Zemilson Bastos, diminuiu bastante a incidência de complicações graves associadas à anestesia, o que refletiria a segurança nos procedimentos atualmente adotados e a melhor qualificação do médico anestesiologista. "Houve um grande avanço da farmacologia, da bioengenharia e das técnicas de identificação e controle de fatores de risco na área. Além disso, a anestesiologia, como especialidade médica, progrediu muito, e hoje há uma valorização maior da importância dos cuidados pré e pós-operatórios", diz.

Segurança - A segurança da anestesia depende de um conjunto de fatores, sendo um dos principais a formação do médico anestesiologista. "O anestesista só deve permitir a realização da intervenção cirúrgica se o paciente estiver em condições clínicas para suportar o trauma da operação. Fora isso, ele tem de considerar se há condições adequadas de monitorização dos sinais vitais do paciente e se o hospital dispõe de recursos para o acompanhamento pós-operatório", alerta o Dr Zemilson.

São várias as técnicas disponíveis de anestesia geral e de anestesia condutiva, a exemplo da peridural e da raquianestesia. "A escolha da técnica anestésica depende da avaliação do paciente. Quando mal indicada, qualquer técnica pode ser nociva. Uma técnica anestésica só poderá ser empregada se o paciente tiver condições clínicas para ser submetido a ela. São a história e o estado clínico do paciente que levam o anestesista a fazer sua opção. Em sua escolha, ele também deve levar em consideração o nível de segurança, a estabilidade do estado fisiológico durante o ato operatório e o conforto do paciente no pós-operatório", explica o médico.

A Sociedade Americana de Anestesiologia criou um critério de classificação do estado físico do paciente de modo que, quanto maior o valor atribuído, mais doenças associadas o paciente apresenta. Portanto, maior será o risco inerente à realização do procedimento cirúrgico. A classificação varia de 1 (paciente que não relata nenhuma doença, exceto a que o conduziu à cirurgia) a 5 (paciente moribundo, com expectativa de vida de 24 horas, independente da realização ou não da cirurgia. Os principais fatores de risco para a anestesia são as doenças cardiovasculares e a hipertensão arterial. Entretanto, sabendo disso, o anestesista toma uma série de medidas para reduzir os riscos por meio da monitorização do paciente e do uso de drogas modernas.

Antes, durante e depois - A anestesia tem início antes mesmo da cirurgia, com um contato entre o anestesista e o paciente. "Nesta visita, o anestesista faz uma avaliação clínica do paciente e decide que técnica anestésica é a mais indicada para aquele caso. Ele também avalia se haverá necessidade de se optar por formas especiais de monitorização das funções vitais do paciente. Ainda nesta fase, o anestesista deve fazer os seguintes questionamentos: o paciente está em condições de ser submetido à cirurgia proposta? Se a resposta for NÃO, a cirurgia deve ser adiada. Mas se a cirurgia for de emergência, a questão que se impõe é: os riscos de não operar o paciente são maiores do que o de operar? Neste caso, comparam-se os riscos e os benefícios da cirurgia naquele momento", conta o Dr Zemilson.

Em uma segunda fase, já no centro cirúrgico, o paciente será monitorado com equipamentos que fornecerão informações sobre suas funções vitais. Ao fim da cirurgia, o anestesista deve permanecer com o paciente até a recuperação total dos seus reflexos e a estabilização de suas funções vitais. Se tudo estiver bem, o paciente será então liberado da sala de cirurgia, mas permanecerá em observação pós-operatória. "O anestesista deve ficar ao lado do paciente do início ao fim do procedimento, não podendo se ausentar da sala de cirurgia em hipótese alguma. O ato anestésico somente é dado como encerrado com a visita ao paciente no pós-operatório", conclui o especialista.

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