Compreender um filho adolescente nem sempre é fácil, principalmente se ele, em determinados momentos, apresenta um comportamento violento. É pensando nesse entendimento, que os pais buscam cada vez mais, descobrir as razões que levam um filho aparentemente bem assistido a tornar-se tão agressivo. Para a hebeatra e terapeuta familiar Mônica Mulatinho, é fundamental que as pessoas que lidam com o adolescente aprendam a identificar se ele vivencia situações de risco. "Por comportamento de risco compreenda-se toda e qualquer prática que ameace sua própria vida ou a de outras pessoas", explica a médica. Há três campos nos quais se enquadram os principais comportamentos de risco: · Drogas: Consumir ou traficar; · Violência: Provocar pessoas, brigar constantemente, envolver-se com gangues; · Sexualidade: Praticar sexo sem proteção. No dia-a-dia, os adolescentes dão sinais de que vivenciam problemas. Entre os indicativos mais comuns estão: a queda no rendimento escolar, o distanciamento familiar, a agressividade na comunicação e a mudança de amizades. "Os amigos são ótimos sinalizadores. Ao contrário do que se pensa, o filho não muda por causa das novas amizades. O processo é justamente inverso: ele primeiro muda de comportamento e depois procura grupos de identificação", esclarece Drª Mônica. Mesmo que trabalhem fora e tenham pouco tempo para estar com os filhos, os pais devem buscar o que a médica chama de qualidade de tempo, ou seja, quando estiverem com o adolescente devem dedicar-se à ele integralmente. "Com autoridade e amorosidade, os pais são capazes de vencer os maiores desafios, pois não há nenhuma estrutura mais poderosa que a família", finaliza a médica.
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