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Arte e Cultura
30/04/2004 - 07h16
Bienal tem aprovação de 98% do público
 
 

Encerrada no último domingo, a 18ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, a primeira da história que contou com a presença de um presidente da República em sua inauguração, destacou-se pela qualidade das centenas de eventos culturais, pelo alto percentual de compras, pela boa presença de público e pela satisfação das pessoas que foram ao Centro de Exposições Imigrantes.

Segundo pesquisa promovida pela organização do evento, 98% dos visitantes avaliaram satisfatoriamente a Bienal (78% classificaram-na como positiva e 20% regular). O índice de compras também foi alto: 72% dos presentes adquiriram livros, alcançando uma média de 5,5 livros por comprador.

"Nossos objetivos foram plenamente alcançados. Conseguimos aliar uma ampla programação cultural a uma grande quantidade de títulos para todos os gostos", afirma Oswaldo Siciliano, presidente da Câmara Brasileira do Livro, entidade que promove a Bienal. "Também considero importante a participação maciça das crianças, que tiveram no Pavilhão dois espaços com atividades especialmente para elas. Certamente semeamos aqui futuros leitores", finaliza.

Amplamente divulgada pela mídia (mais de 900 profissionais de imprensa foram credenciados), a Bienal recebeu muitas pessoas que vieram pela primeira vez (42%), confirmando seu papel de atrair futuros leitores. A presença feminina foi superior (56%), assim como a de moradores da capital (41%, ante 31% da Grande São Paulo e 19% do interior do Estado).

Em 11 dias passaram pelo Centro de Exposições Imigrantes 557 mil pessoas. Os 45 mil m2 de área foram explorados palmo a palmo por um público que mostrou que tem sede de cultura, entretenimento e conhecimento através da leitura. Os 320 expositores trouxeram para o evento mais de 2 mil lançamentos e 150 mil títulos que, segundo muitos editores, foram rapidamente consumidos.

NEGÓCIOS NO ATACADO E NO VAREJO - A satisfação em relação ao evento, aliás, não se restringe ao público. Entre os expositores, 71% consideraram sua participação compensadora e 11% totalmente compensadora. Oitenta e sete por cento afirmaram que irão participar da próxima Bienal. Houve também uma grande presença de livreiros e distribuidores de fora de São Paulo, o que permitiu aos expositores um volume expressivo de vendas no atacado.

"Este ano, nos surpreendemos com a excelente infra-estrutura, organização e movimento de público. Além desse dado positivo, computamos 20% de aumento médio nas vendas sobre a última Bienal", diz Alexandre Psillakis, gerente de vendas da Editora Mercuryo. Segundo ele, o evento gerou uma boa expectativa para prolongar os negócios, já que foram feitos vários contatos com novos livreiros de outros estados e também foi registrado um incremento nas vendas dos livros da Mercuryo para Portugal.

O diretor geral da Global, Luiz Alves Júnior, segue a mesma linha: "A Bienal é uma grande oportunidade de expor nosso catálogo e fortalecer contato com outros Estados e também com o exterior. Durante o evento, fizemos contatos com profissionais da Guatemala, Estados Unidos, Argentina, México, Portugal, Moçambique e Bolívia", afirma.

Para o gerente comercial da Editora Rocco, Roberto Raimundo, esta foi, sem dúvida, "a Bienal mais bem organizada que já vi. Comercialmente, a expectativa de faturamento é boa. Estamos apostando em autores nacionais. Dos 30 lançamentos que trazemos para a Bienal, 11 são de autores brasileiros; entre eles, nomes de peso, como Lygia Fagundes Telles e Wally Salomão".

Para a Ave Maria, os resultados colhidos nos 11 dias de Bienal também foram bons. "Foi uma enorme satisfação observar a grande movimentação de público em busca de cultura, conhecimento e informações em nosso segmento, especificamente. É gratificante constatar que as pessoas estão em busca de literaturas para o fortalecimento da espiritualidade", diz Roberto Constantino, gerente comercial da editora Ave Maria.

"A Bienal de São Paulo vem se consolidando como um grande evento de negócios. Momentos antes do encerramento, por exemplo, tinha livreiro de Brasília visitando o estande", diz Maria Conceição Azevedo, gerente de vendas da Conrad.

COM A PALAVRA, O ESCRITOR - Além de incrementar as vendas, a Bienal do Livro cumpriu uma de suas prioridades, aproximando leitores e escritores. O principal ponto desse encontro, o Salão de Idéias, reuniu 97 autores (19 estrangeiros e 78 nacionais) em 49 sessões, com duração média de duas horas cada.

Passaram pelo Salão autores do porte de Lygia Fagundes Telles, Içami Tiba, John Man, Marcelo Rubens Paiva, Ignácio de Loyola Brandão, Nick McDonell, Gavino Ledda, Lya Luft, Lygia Bojunga, Adélia Prado, Frei Beto, Pedro Bandeira, Carlos Heitor Cony, Mario Sabino, Tatiana Belinky, Marilene Felinto, Gerárd Haddad, Rubem Alves, Carlos Fino, Maurício de Sousa, Paquale Cipro Neto, Marcelo Duarte, Eion Colfer, Michel Mafesolli, Domingos Meirelles, Ruth Rocha, Ana Maria Machado, Marina Colasanti, Ruy Zink, Fernanda Young e Michel Quint, entre outros.

O senador (PT-DF) e ex-ministro da Educação, Cristóvam Buarque, um dos convidados do Salão de Idéias, comentou a importância de um evento como a Bienal. "Para induzirmos a leitura são necessárias três medidas: escolas, bibliotecas e a criação de clima favorável que estimule o gosto pela leitura", afirmou. "Nesse sentido, a Bienal, uma verdadeira festa do livro, é de extrema importância para esse processo", conclui.

E o Café Paulicéia Fnac, espaço de debates onde artistas das mais diversas áreas falavam de aspectos da formação cultural da cidade de São Paulo, recebeu, em 11 dias, 20 personalidades. Além disso, aconteceram mais de 330 sessões de autógrafos. Tom Zé, um dos convidados do Café Paulicéia, estava empolgado e mostrava satisfação em estar participando como palestrante: "Sinto-me muito contente e ainda estou apalpando o evento. Não esperava por tanta gente. A impressão que tinha quando estava chegando era que a população do mundo estaria aqui."

Entre as personalidades que estiveram na Bienal para lançar livros ou simplesmente visitar o evento, destaques para Fernando Henrique Cardoso, Romeu Tuma, Vanderlei Luxemburgo, Eduardo Suplicy, Toquinho, José Serra, Abílio Diniz, Gabriel Chalita, Washington Olivetto, Ana Moser, Netinho, Rubens Edwald Filho, Olívio Dutra, Angelita Feijó, entre outros.

PROFESSORES, UNIVERSITÁRIOS E PROFISSIONAIS DO LIVRO - Nunca em outra Bienal houve tantas atividades paralelas para públicos diferenciados como nesta edição. Prova disso foram o Fala, Professor!, o Espaço Universitário e a Escola do Livro que juntos atraíram mais de 7 mil pessoas, entre professores, estudantes e profissionais do setor.

O "Fala, Professor!", cujo objetivo foi estimular a educação continuada entre docentes dos ensino Fundamental e Médio, promoveu palestras sobre técnicas e materiais de apoio na sala de aula; saúde na escola; literatura infanto-juvenil e inclusão escolar do aluno deficiente, entre outros temas.

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